sexta-feira, 30 de março de 2007

As Aventuras no Metro


E por falar em underground, que tal a imagem de uma estação do metro de Bruxelas, onde Tintin e os seus amigos marcam presença?

Warhol


Andy Warhol não era apenas underground.
Warhol também gostava da luz.
Também lia Tintin e admirava Hergé.
Até o retratou, bem ao seu modo...

No tempo e no espaço


Ainda antes de Lucas nos ter trazido Star Wars, apresentado-nos Skywalker, Han-Solo, Darth Vader ou a princesa Leila, já a exuberante imaginação de Pierre Christin e o traço "doce" de Jean-Claude Mézières, nos tinham feito viajar no espaço e no tempo, por universos estranhos e longínquos, dando-nos a conhecer os seres mais extraordinários e estranhamente bizarros. Com Valérian e Laureline, visitámos o País sem Estrelas, fomos até Alflolol, encontrámos os Heróis do Equinócio, conhecemos as Iras de Hypsis e andámos por Tempos Incertos. Estes e outros títulos enchem-nos de histórias magníficas de uma ficção científica e também fantástica, onde gostamos de nos deixar afundar sem receio, porque sabemos que, no fim, um novo salto cósmico entre o tempo e o espaço nos permitirá viver uma nova aventura.

Aqui sim! A Força está connosco!

quinta-feira, 29 de março de 2007

Tintin na Catalunha


Também o génio de Miró se "associou" ao gosto pelas Aventuras. A sua visão de Tintin é um verdadeiro "regalo" para os admiradores das duas obras!

A Rua de Hergé




Em Angoulême, cidade em que se vive, como em nenhum outro lado, a Banda Desenhada, não podia faltar uma rua dedicada ao mestre!

A obra nasce...



O génio criando a sua obra!

A obra que, depois, nos iria maravilhar, como todas aquelas que este "mestre" criou!

quarta-feira, 28 de março de 2007

No topo do mundo


Com uma obra tão, graficamente (e não só!) riquíssima, apetece-me deixar aqui três quadradinhos de Tintin no Tibete, que exemplificam e demonstram o génio e o perfeccionismo de Hergé e das suas, e nossas, Aventuras de Tintin.
Neste álbum, que é o verdadeiro hino à amizade, a imensidão dos Himalaias corta-nos a respiração, ao mesmo tempo que nos fazem transbordar de encantamento.
As montanhas ultrapassam as fronteiras dos quadradinhos, da mesma forma que os livros do nosso herói de papel ultrapassam a nossa imaginação!
Deliciem-se...

terça-feira, 27 de março de 2007

Astérix na Palestina




Que eles bem gostavam de umas valentes brigas, lá isso gostavam! Que se perdiam para dar uns "tabefes" nos amigos romanos, lá isso perdiam! Que se divertiam em grandes barafundas de pancadaria, lá isso divertiam!
Mas também apelam, apesar de tudo, à harmonia e paz entre os povos, sobretudo, entre aqueles que delas bem precisam.
Por isso e para isso foi lançado, em simultâneo, um volume das Aventuras de Astérix em árabe e em hebraico. Se esta iniciativa conseguir entreter e fazer sorrir estes povos, tal como faz todos os outros, talvez eles se esqueçam da brigas e da pancadaria que, infelizmente, continuam a fazer vitimas por aquelas bandas!

segunda-feira, 26 de março de 2007

As estrelas todas


Quais Nike, ou Adidas, ou Reebok, ou Puma, ou Geox...
Ténis só mesmo Converse All Star Chuck Taylor!
Abreviando, os famosos All Star!
Criados há 90 anos, estes sim, sapato ou bota; amarelos, azuis, vermelhos, verdes, brancos, ou então muito coloridos; em pele, mas sobretudo de lona.
Já tive muitos, de muitas cores e mantenho-me fiel aos All Stars, por muitos sapatos que tenha, há sempre um lugar marcado para eles!

Gabo


«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendia haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.»
Assim começa um dos romances mais, justamente, famosos da literatura mundial do último século. Cem Anos de Solidão, consagrou Gabriel Garcia Marquez, como um dos autores mais aclamados do nosso tempo.
Passam agora 40 anos sobre a publicação desta obra, no mesmo ano em que Gabo completa o seu 80º aniversário e em que se contam 25 anos sobre a sua consagração com o Prémio Nobel da Literatura.
Com tantos aniversários, resta-nos desejar-lhe muitos parabéns!

sexta-feira, 23 de março de 2007

To be or not...


Afinal o engenheiro não é engenheiro??????????Afinal as notas publicadas não foram as notas publicadas???? Afinal o engenheiro não está inscrito na ordem dos mesmos?????????

Também não acho que seja necessário ser dr. ou engenheiro para ser primeiro-ministro da Nação! Mas acho mal que o senhor engenheiro se deixe apelidar como tal não o sendo, não é por nada, é só para que o seu "bom nome" não fique "coxo"!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Brava Dança


Lembro-me do os ver, pela primeira vez, nas páginas do saudoso Se7e. De os ver rotulados como neo-fascistas, defensores de valores queridos ao Portugal cinzento e proto-fascista das décadas de 30/40. Sinceramente achei esses argumentos um verdadeiro disparate! Pelo contrário, considerei que a campanha de marketing, uma das primeiras do rock português, era brilhante, mesmo se, iconograficamente, alguns aspectos apontassem para a parafrenália associada às manifestações patrioteiras daquelas décadas.
Foi, talvez, uma nova forma de os ex-punks Faíscas e ex-new-wave Corpo Diplomático, surgirem com novas roupagens e um novo projecto. E fizeram-no muito bem!
Nunca fui admirador confesso da sua música, nunca fui um apaniguado dos Heróis do Mar, embora os tenha considerado sempre, como um "som agradável", dançável, simpático, mas não muito mais que isso. Hoje, a esta distância, acho-os mais interessantes, ouço-os com mais prazer, nostalgia talvez. E depois, havia elementos muito válidos e valiosos, como tivemos oportunidade de descobrir com os MadreDeus, por exemplo. Pedro Ayres de Magalhães é, de certeza, um dos grandes nomes da música portuguesa dos últimos 30 anos.

Agora temos oportunidade de ver um documentário sobre estas músicas e quem lhes deu vida e voz. Saúda-se esta iniciativa, porque os Heróis do Mar fazem parte da nossa história musical recente, porque a marcaram de forma indelével e porque é sempre bom recordar os bons momentos que, também, fizeram a nossa juventude!

quarta-feira, 21 de março de 2007

All doido?


O ministro que diz (e faz) mais disparates por centímetro quadrado de frases, superou-se, mais uma vez. Desta vez "criou" uma nova província para o sul de Portugal. "Anglicizou" o Algarve, mais do que ele já está, e está muito!
Agora temos o Allgarve!?
Allgarve? Tudo garve? Ou será Tudo grave?
Porque não internacionalizam este ministro? Mandem-no para All Bufeira, por exemplo!

terça-feira, 20 de março de 2007

Gregory House


É antipático, rezingão, toxicodependente, amargo, presunçoso, mal educado, inconvencional, desconfiado, anti-social, desleixado, irascível e coxo!
Porque será então que gostamos tanto dele?
Esta é uma série brilhante, em que somos levados a admirar, francamente, uma pessoa que tem todos os predicados contrários às convenções.
Nós, tal como os seus colegas, somos "forçados" a gostar de alguém que se esforça, aparentemente, em provocar o contrário.
Hugh Laurie criou o médico que, apesar de tudo, todos gostaríamos de encontrar pela frente.
Tudo o que foi dito anteriormente, rima com genial, que é o seu predicado mais extremo!
Este é, talvez, o mais humano de todos os personagens televisivos, que temos encontrado pela frente nos últimos tempos. Continua, tal como os outros, a ser um herói, mas é um herói "ao contrário", que se particulariza nos inúmeros defeitos que tem e que, no fim, nos dá a sensação de ser apenas mais um de nós, nem melhor, nem pior! Genial mas, afinal, humano! É agradável tê-lo em casa!

O Molero já tem 30 anos!


Amanhã Dinis Machado completa 77 anos e a Bertrand vai lançar uma edição comemorativa do 30º aniversário de O Que Diz Molero.

Machado em discurso directo no J.N. de hoje:
«Aproveitaram o facto de fazer 77 anos amanhã para lançarem uma edição comemorativa dos 30 anos de "O que diz Molero", numa edição da Bertrand, a mesma editora que o publicou inicialmente. O livro é uma espécie de culto. Já teve adaptações ao teatro, em Portugal e no Brasil, e ao cinema (fizeram uma série de animação em seis episódios). Até há clubes de "molerianos" que dissecam a obra de ponta a ponta. Agora fazem-me entrevistas todos os dias. É um bocado anormal mas entendo o fenómeno. Tudo assenta no impacto que a obra ainda tem nas pessoas, mesmo naquelas que só agora a descobrem.»
Este livro marcou uma época e continua a marcar todos aqueles que o lêem e relêem. Foi, talvez, o livro português mais importante do pós 25 de Abril.
Ainda Machado em discurso directo:
«(...) o Molero foi publicado em França, e as revistas de cultura de Paris, desde o Magazine Littéraire, ao Figaro, vieram dizer que é "um dos grandes livros do século". E eu fiquei satisfeito com isso, naturalmente. E tenho que reconhecer que eles foram muito generosos comigo. "O Que Diz Molero" tem uma história, inacabada ainda, que me dá para preencher a vida. E portanto é uma história que espero que não acabe nunca, que as gerações novas possam lidar com isso. O mundo de hoje é feito de coisas tão fragmentadas, com tão pouco sentido, que as coisas acabadas perdem validade com o tempo. Mas eu acho que há coisas que vão ficando, o que me satisfaz bastante. Porque há sempre leitores exigentes, e eu gosto de leitores exigentes. Eles é que fizeram o livro. Eu só o escrevi.»
Eu cá gostaria de continuar a "fazer" este livro, ele merece-o e nós também!

segunda-feira, 19 de março de 2007

O génio da música


Na minha opinião de simples ouvinte, creio que há poucos génios, verdadeiros, no mundo da música popular. Daqueles que, efectivamente, deixam uma marca indelével na história da música.

Há excelentes fazedores de canções, tanto os que conseguem repetir a dose, criando várias canções de antologia, como aqueles que apenas fazem uma, mas de uma qualidade superior. Agora, daqueles que fazem de quase toda a sua discografia, momentos únicos de prazer auditivo e sensorial, é muito raro ter noticias.
Paddy McAloon é, definitivamente, um deles!
Com os seus Prefab Sprout construiu uma carreira de 7 álbuns de originais e cada uma das músicas que os compõem, é uma verdadeira obra-prima! Não há aqui momentos menos conseguidos, todas as canções se situam em patamares de qualidade muito altos.
O último álbum desta banda foi feito apenas em parceria com o seu irmão Martin McAloon. Depois disso Paddy, que entretanto teve problemas nos olhos que o levaram a fazer várias cirurgias e lhe diminuiram a capacidade de visão, apenas editou um álbum a solo, quase inteiramente instrumental.
Vai sair dentro de poucas semanas uma versão acústica de Steve McQueen, segundo álbum do grupo. Este será, provavelmente, o último registo dos Prefab Sprout. Paddy, infelizmente, contraíu a doença de Meniére e ficou surdo de um ouvido.
Mais um grande génio da música que fica surdo. Tal como o outro, deixa-nos das melhores composições musicais que o ouvido humano alguma vez irá sentir!

sexta-feira, 16 de março de 2007

O néctar dos Deuses


Resisti-lhe durante muito tempo. Nem sei bem porquê. Achava que tinha aspecto e cheiro de xarope para a tosse, que amargava, que não iria gostar.
Um dia resolvi beber um pouco. Não foi um deslumbramento, mas houve qualquer coisa agradável. Experimentei puro, com gelo e com um "dedo" de água lisa, que, dizem, é como os escoceses preferem. Escolhi esta última opção. Fui fazendo mais tentativas e, finalmente, rendi-me! É, de facto, o néctar dos Deuses; bebo-o sempre com um "dedito" de água.
Há poucas bebidas mais saborosas que um bom whisky velho de malte, que o diga o bom do Capitão Haddock!

quinta-feira, 15 de março de 2007

Música do outro mundo


Foram anunciadas para este ano as reuniões de alguns dos grupos musicais considerados como "os velhos monstros" do rock. De entre eles destacamos os Genesis, os Who e os Police. Irão fazer vários espectáculos e, eventualmente, criar alguns temas novos.
Porquê e para quê, pergunto eu? Por dinheiro? Por saudosismo? Por necessidade de protagonismo? Por puro gozo? Não sei, sei que vai haver milhares de pessoas satisfeitíssimas com estes reencontros.
Eu, por mim, nem por isso, apesar de gostar bastante destas três bandas e de uma delas ter sido a minha preferida durante muito tempo.
O que eu gostava mesmo era de assistir à reunião dos fantásticos FAB FOUR de Liverpool. Isso é que era! Isso sim! De certeza que iríamos ouvir músicas do outro mundo!

quarta-feira, 14 de março de 2007

A quê e o quê???


Agora já se fazem concursos para "louras burras" e "mestres" tipo Quasimodo!
De facto, a "imaginação" televisiva vai de vento em popa e então se o objectivo for valorizar estereótipos batidíssimos e, como tal, evidentemente falsos, ainda mais!
O voyeurismo já não sabe o que mais inventar! Que tal enjoos ao vivo ou vómitos em directo. Porque, creio, é mesmo isso que estes programas começam a provocar!

segunda-feira, 12 de março de 2007

A aventura do degrau partido


Um degrau partido, eis o ponto de partida para a mais serena e tranquila de todas as Aventuras de Tintin. Um simples degrau partido dá azo a que Hergé crie uma história cheia de falsas pistas que vão dar a lugar nenhum. 62 páginas em que esperamos pelo mistério, pelo ponto de viragem, pelo momento em que a adrenalina fará disparar o ritmo cardíaco, mas onde nada disso irá surgir. 62 páginas magistralmente concebidas para se viver uma história doméstica, em que o degrau partido assume um protagonismo ímpar. Brilhante o génio de um grande criador como foi Hergé!

O tempo


O tempo marcha, inexorável, sem piedade, sem olhar para trás.
Eu continuo a olhá-la como se fosse bébé, continuo a vê-la a estender os braços para mim, a pedir colo. Já não é assim agora.
Cresceu, não muito ainda, mas o suficiente para já não ser bébé, para ser uma menina "crescida".
Às vezes olha para mim como olhava dantes, o sorriso continua a ser o da bébé linda que foi, agora que é a menina mais bonita!
Tem medo do que virá, sem o saber. Eu também!
Apetece-me dizer-lhe "não tenhas pressa", a marcha não vai parar, mas podemos aproveitar cada momento para o fazer durar, para o saborear tal como ele é. Crescendo e sorrindo.

Ontem ouvi esta música, a mais doce que o génio de Paddy McAllon escreveu para os seus Prefab Sprout, aqui lhe deixo algumas dessas palavras, que gostaria fossem minhas também:

«Feel the sun upon your back
Someone somewhere wants to steal it
Pray each night you'll catch the thief
But while you sleep he comes and takes it
Does that make you think little girl ?
Doesn't it just little boy(…)
See the smile on her young face
Watch life casually erase it
Now I know she's all grown up
She wears a look I can't quite place yet
What makes you cry little girl ?
Maybe I'm scared little boy
There'll be no stampede on the Pearly Gates
I'll say "after you" you'll say "I don't mind the wait"
There'll be no stampede on those imposing doors
Naked and afraid, cowering we crawl on all fours
There'll be no stampede on the Pearly Gates
I'll say "after you" you'll say "I don't mind the wait" »

sexta-feira, 9 de março de 2007

A Ária das Jóias do Fausto de Gounod


Numa feliz montagem de várias vinhetas das Aventuras de Tintin, podemos seguir Bianca Castafiore na sua inimitável interpretação mais famosa, a Ária das Jóias da ópera Fausto de Gounod!
Apreciem...

Tintin e Spielberg


No D.N. de hoje:
«Esta semana, Steven Spielberg concretizou um desejo com 25 anos: filmar as aventuras de Tintin. Em 1982, ainda Hergé era vivo, Spielberg contactou-o para adaptar o herói ao cinema. Apesar de querer que fosse um cineasta de renome a filmar as histórias da sua personagem mais célebre, Hergé mostrou-se relutante: tinha medo que o realizador de Tubarão "americanizasse" uma figura tão universal. Hergé morreu um ano mais tarde. As conversações entre os seus herdeiros e Spielberg continuaram, até à assinatura de um contrato, em 2004. Ontem, em Bruxelas, a Sociedade Moulinsart, que gere os direitos de toda a obra de Hergé, anunciou que vai iniciar a pré-produção de uma série de filmes baseados nos álbuns de Tintin, associada aos estúdios DreamWorks de Steven Spielberg.
(…)
Não está ainda decidido por que álbum Steven Spielberg começará. Nick Rodwell especificou que o realizador americano "compreende muito bem a obra" de Hergé e não a abordará "como se se tratasse de E.T.-O Extraterrestre.»
Espero que a magia de Hergé não seja adulterada e transformada pelo realizador americano. Tintin é um herói de papel, esta passagem para o grande écran é, no minimo, arriscada.
Estou em crer que qualquer álbum há-de ser, sempre, superior a qualquer filme, mas, a ver vamos...

BoleTim-Tim


Já saiu o primeiro número do BoleTim-Tim, publicação que passará a ser a voz oficial dos Amigos de Hergé Portugueses. Por enquanto de circulação restrita, apenas ao alcance desses amigos portugueses, espera-se que, a curto prazo, se possa estender a todos aqueles que nutrem, pelo menos, alguma simpatia pela obra magistral de Hergé.

Neste ano do centenário do mestre belga da banda desenhada, saúda-se, com entusiasmo, esta iniciativa, inédita no nosso país.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Desejo futebolístico


Espero que a luz desta cidade ilumine, mais logo, os nossos meninos da Luz!

O grande nº 2


Ao lado, atrás e, por vezes, à frente de Hergé, na criação das Aventuras de Tintin, esteve um nome fundamental, Bob de Moor. Também ele um execelente desenhador, tem, no entanto, uma obra própria muito reduzida e tal deve-se, em larga escala, ao facto de trabalhar de forma muito intensiva nas obras do seu mestre.

Nasceu em Anvers em 1925 e em 1949 iniciou o seu trabalho na revista Kuifje, ou seja na Tintin flamenga. Nesse mesmo ano transfere-se para a sua congénere francófona e em Abril de 1950 entra nos Studios Hergé, que jamais abandonará, assumindo as funções que até aí tinham pertencido a E.P. Jacobs. É ele que irá supervisionar todos os desenhos, ditos secundários, relativos a Tintin, ou seja, aqueles que não eram incluidos nas páginas dos álbuns e serviam, por exemplo, campanhas publicitárias. É a ele que se deve, quase integralmente, o redesenho da 3ª versão da Ilha Negra, em finais dos anos 60. Depois da morte de Hergé, o seu grande sonho era finalizar o álbum inacabado da saga tintinesca, L'Alph Art, o que, por vontade expressa de Hergé, nunca veio a acontecer. No entanto, terminou o álbum inacabado de E.P.Jacobs, As 3 Fórmulas do Prof. Sato.

Bob de Moor foi como um segundo pai de Tintin, aquele que, na sombra, sempre se revelou como um atento e eficaz guardador das suas características, tanto assim que, a "olho nú", se tornava dificil distinguir o seu traço do de Hergé.

Faleceu em 1992. De certeza estará no paraíso dos grandes criadores de banda desenhada!

quarta-feira, 7 de março de 2007

RTP 50 anos


Hoje passam 50 anos da fundação da RTP e é neste ano de comemoração de meio século que esta estação, pública, de televisão, resolve promover um programa/concurso com o objectivo de eleger o maior português de sempre!? Acho uma perfeita imbecilidade tal desiderato, nem penso votar para esta eleição, ainda mais absurda que outras que vamos tendo, no entanto e perante os "candidatos" que estão a concurso apetece-me dizer algo.

Se exceptuarmos os poetas, Camões e Pessoa, todos os outros têm, nos seus percursos, situações em que provocaram, directa ou indirectamente, morte, sofrimento, lágrimas, terror, tirania, despotismo, para além de algum bem que, talvez, tenham feito. São nomes importantes, fizeram, se calhar, coisas grandiosas, realizações que engrandeceram a nação, mas e no que respeita à pessoa, ao indivíduo, ao seu bem estar, à sua condição de ser humano, que respira, sente, é gente? Parece-me que devem ter feito pouco. Todos estes nomes... todos menos um, Aristides Sousa Mendes.

Não foi o maior português de sempre, nem sei quem será, nem me importa quem seja, mas ao que julgo saber, por aquilo que é conhecido, este foi o único senhor, de todos os que lá aparecem, que fez alguma coisa, e não foi pouco, para salvar vidas humanas, o que me parece ser muito mais importante do que defender teorias políticas, criar medidas financeiras dúbias, conquistar terras, construir ruas, etc, etc.

Não votarei, talvez nem vá ver o programa, como não vi nenhum até agora, mas se queremos "glorificar" alguém pelas suas atitudes, façamo-lo a quem merece, a quem salvou outros por mais nada a não ser uma consciência sã e uma vontade de ser bom!

Já agora, parabéns RTP, bom 50º aniversário!

terça-feira, 6 de março de 2007

Journal Tintin


Pelo Journal de Tintin passaram grandes nomes da banda desenhada franco-belga. Tanto de autores como de heróis. Foi uma das maiores referências da 9ª arte europeia. Em 1976, 30 anos após a sua criação, vemos aqui Paul Cuvelier, Raymond Leblanc, Hergé e Edgar P. Jacobs segurando um cartaz com a primeira capa do jornal.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Livros


Já todos nós lemos livros que nos arrebatam, que nos levam para além da realidade, que nos enchem o coração!

Eu também já li livros assim. Que nos emocionam, que nos fazem sentir parte da história, que nos permitem passear no seu interior, como se fizessem parte de nós, ou melhor, como se nós vivessemos dentro das suas páginas.

Há livros que, para além de nos fazerem sentir assim, denotam uma qualidade literária acima da média, alta!

Também já li alguns, poucos, assim. Em que cada frase é, só ela, um tratado de bem escrever, em que as imagens que se desprendem daquelas palavras se materializam à nossa frente de uma maneira única e inesquecível, em que as personagens nos acompanham de forma tangível, em que lhes sentimos as forças e as desventuras, os sorrisos e as mágoas, as angústias e os delírios.

Há poucos livros assim! Em que, mesmo depois de lida a última palavra, continuam a viver em nós, em que a sua força jamais nos abandonará, em que o prazer ou a dor, a lágrima ou o sorriso que provocaram, hão-de ser eternos.

Eu li um, chama-se A Sombra do Vento!

Prémios


Creio que é sempre bom receber um prémio pelo trabalho realizado. Significa que houve reconhecimento. Então se foi feito com gosto e, sobretudo, esse gosto se estendeu ao prazer que o trabalho deu aos outros, melhor ainda. A posse de trabalhos assim ultrapassa o seu autor e estende-se a quem deles usufrui com prazer e vontade. O autor passa a ser apenas isso e a obra torna-se propriedade de quem a usa, a consome, lhe dá razão de ser. Mas é justo premiar quem a idealizou e realizou, por isso é natural que, quem dela gosta, se compraza com esses prémios. Por isso me agradei com o prémio de melhor álbum irlandês 2006 atribuído a Victory for the Comic Muse dos Divine Comedy de Neil Hannon, no Choice Music Prize. Por isso também eu me sinto premiado!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Tintin, o Gaulês


Com os seus textos e desenhos, legaram-nos as mais belas, divertidas e (a)venturosas páginas de toda a banda desenhada.

Aqui os deixo, lado a lado, sorrindo, tal como as suas obras, em nós, estão!

A Máquina do Tempo


Olhei para o palco e vi o que aqui se vê, exactamente o que aqui se vê! Nada de surpreendente, não fosse o pequeno pormenor desta foto ser de 1973 e o que eu vi no palco se ter passado em 2007. Foi como se tivesse recuado no tempo e parado naquele ano, naquele dia e visse e ouvisse o que lá se tinha passado, exactamente como se tinha passado! As mesmas vozes, as mesmas posturas, as mesmas música, os mesmos cenários, os mesmos movimentos, a mesma emoção. Esta "máquina do tempo" tem nome, chama-se The Musical Box e consegue ser mais fiel ao original que os próprios originais. Impressionante!!!

Em hora e meia o tempo cristalizou-se, os Genesis ressuscitaram e uma plateia de incondicionais e entusiastas adeptos rejubilou.

Hoje a celebração irá continuar e será, certamente, com um, grande, sorriso que todos cantarão, em coro: «I know what I like and I like what I know...»

B de Bento e de Benfica


Compensava a sua baixa estatura com uma enorme flexibilidade e uma inquebrantável vontade!
Foi o melhor guarda redes português que vi actuar.

Voou ontem, em definitivo...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Nöel à Moulin Sart


Eis o Cavaleiro François de Hadoque, já depois de ter derrotado Rackham Le Rouge e ter voltado da ilha deserta, onde se refugiou após o afundamento do Licorne. Aliás, já está na posse, como é patente, da sua nova morada, Moulinsart, que lhe foi, generosamente, oferecida pelo rei Luís XIII, pelos seus bons serviços. Com ele, antepassado, como sabemos, de Archibald Haddock, estão os antepassados de Tintin, Tournesol, Nestor, Bianca Castafiore, Igor Wagner, Milou e, inevitavelmente, os dois desastrados Dupond e Dupont. Era, certamente assim, o Natal em Moulinsart em meados do século XVII.

Esta imagem, que nos remete para o álbum "As Jóias da Castafiore", não é da autoria de Hergé, foi feita já depois do seu falecimento (1983) pelo seu mais directo e dedicado colaborador. Bob de Moor concebeu-a em 1986 e foi a imagem dos cartões de boas festas dos Studios Hergé nesse ano.