Este blog fez 7 anos e eu nem me dei conta.
Tal é o seu estado de moribundez...
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Love me do
Três meses depois de ter começado a pausa, interrompo-a hoje para assinalar uma das efemérides que abriram à música popular todas as portas possíveis.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Se o ridículo matasse...
«Depois de já ter acertado no triunfo luso diante dos checos no jogo dos quartos de final do Uefa Euro 2012, 'Paulina', um polvo fêmea selvagem recolhido no mar em Sesimbra, escolheu o aquário com a bandeira Portuguesa em detrimento do espanhol. Depois de no fim de semana 'Paulina' já ter despachado, com grande brilho e determinação, uma sapateira espanhola, hoje não teve dúvidas e voou literalmente por cima de Espanha para o berbigão português. Uma opção que nos enche de moral para o duelo ibérico da próxima quarta-feira e que apurará o primeiro país finalista deste Uefa Euro 2012.»
Retirado do Correio da Manhã. Depois ainda há quem se admire por lhe chamarem pasquim!
segunda-feira, 25 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
Obrigado Irlanda
Estavam a perder 4-0 e faltava 1 minuto para acabar o jogo. Assim vale a pena gostar de futebol. Pena que outros, a esmagadora maioria, não encare o jogo deste maneira.
Go raibh maith agat Éire
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Dinamarca 2012
Já que não conseguimos mostrar aos donos da Europa todo o desprezo que temos pela sua sobranceria, hoje teremos uma outra oportunidade de explicá-lo aqueles que (pensam que) vão presidindo aos seus destinos.
Não falhem!
Um desabafo pela crise
Irritam-me tanto estes senhores que mandam, ou julgam
mandar, irritam-me tanto estes senhores que fazem campanhas de descontos de
50%, ou aqueles que dizem que temos que baixar os salários, ou outros que fazem
avaliações de como o país se porta e sobretudo aqueles que ficam contentinhos
por obterem bons resultados e depois dizem que a Europa está contente connosco!
Porra, que merda de país é este que se deixa subjugar desta maneira?
Não tivemos um 25 de Abril? Não conseguimos correr com uns
senhores que não nos deixavam respirar? Como foi que nos deixamos levar por
outros tantos que, apesar dos sorrisos, ainda são piores que os anteriores?
Esses senhores, ou, melhor dizendo, essa corja maquiavélica
e ultrajante, continua a baixar a cabeça a uma Europa feudalista e a lançar os
lobos contra o seu próprio povo, que, como bem-educado que é, se deixa levar
por um conjunto enorme de mentiras que já não precisam de ser dissimuladas
porque todos os dias, todos nós, nos apercebemos que a corja continua a
engordar e ainda por cima se ri na nossa cara. Estou farto e irritado por ver
que Isaltinos ou Felgueiras se escapam com sorrisos irónicos e filhos da puta,
ou como Borges e Relvas se atrevem a dizer que ganhamos demasiado dinheiro, ou
como tantos outros cabrões vão fugindo aos impostos e arraia que se lixe.
Não tenho soluções para esta tão propalada crise, mas creio
que se nos tronássemos todos uma espécie de justiceiros sem lei e dessemos um
verdadeiro arraial de porrada neste senhores que julgam mandar em nós, as
coisas tomariam outro caminho, senão mais desafogado, pelo menos mais justo.
Ficaríamos na mesma pobres e humildes, mas o sorriso que nos veriam na cara era
de uma satisfação plena. A de que todos estes cabrões que nos fodem o dia-a-dia
estariam a fazer a tijolo e não a rir nas nossas costas.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Carlos Manuel e Sérgio Conceição forever
Sei muito bem que Portugal, dificilmente, conseguirá ganhar o Campeonato da Europa que hoje começou. E não o peço aos jogadores da selecção. No entanto gostaria de lhes pedir para ganharem o jogo de amanhã. Não só lhes daria alento para os jogos que se seguem, mas davam-nos o gozo de vencer aqueles que se julgam donos da Europa.
Relembremos os 3-0 de 2000, ou o tiro de Estugarda e repitamos a graça.
Já hoje os nossos amigos gregos cortaram a arrogância de uns polacos armados ao pingarelho, continuemos nós amanhã e vençamos os descendentes dos nazis, pelo menos no futebol podíamos mostrar-lhes que a arrogância teutónica bem pode ser enfiada num sitio que nós cá bem sabemos.
Relembremos os 3-0 de 2000, ou o tiro de Estugarda e repitamos a graça.
Já hoje os nossos amigos gregos cortaram a arrogância de uns polacos armados ao pingarelho, continuemos nós amanhã e vençamos os descendentes dos nazis, pelo menos no futebol podíamos mostrar-lhes que a arrogância teutónica bem pode ser enfiada num sitio que nós cá bem sabemos.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Uma árvore na paisagem
Apetecia-me estar aqui. Ver o céu abrir-se perante mim. Esperando que das nuvens saía algo mais que a água que me alimenta.
Gostava de estar aqui. Sob a minha própria sombra. Esperando
que um rouxinol pousasse nos meus braços e me cantasse uma canção de amor.
Precisava de estar aqui. Fitando o mundo em meu redor.
Esperando que a seiva que me percorre me ofereça algo mais que a vida que, aparentemente,
vou tendo.Por isso vou parando cada vez mais, sabendo que em cada árvore que pontua uma paisagem, há mais, muito mais, do que aquilo que olhos pouco treinados conseguem ver.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Nem um coxo se apanhava tão depressa
No Público:
«Eu não minto, não engano nem ludibrio os portugueses”, respondeu Vítor Gaspar(...)»
Agora muito devagarinho, tal como o senhor tem por hábito fazer:
m e n i n o ... V i t o r... a... s u a... m ã e... n ã o... l h e... e n s i n o u... q u e... é... m u i t o... f e i o... e n g a n a r... a s... p e s s o a s... ?
terça-feira, 8 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
O Proença teve um prémio e foi convidado para a festa
Como já devem ter percebido os que por aqui passam, eu não sou lagarto, mas ontem os ditos tiveram o prazer de encontrar o Proença e agora, talvez já tenham entendido que, com este senhor, as festas do clube da fruta são sempre mais animadas.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Donos de Portugal
Neste dia 25 de Abril parece-me fundamental ver este filme para que percebamos, pelo menos para quem ainda não percebeu, onde é que nós estamos metidos.
http://www.donosdeportugal.net/
http://www.donosdeportugal.net/
terça-feira, 24 de abril de 2012
Conchanata
Andam sempre a falar do Santini, que os gelados são assim e assado e que não há melhor, etc e tal.
Por favor, vão até à Avenida da Igreja, parem na Conchanata e peçam uma conchanata só com gelado de nata e depois caiam em si.
Há lá coisa melhor!
Ingratos
Os estrangeiros ( os que actulamente mandam nisto) estão-se a cagar para ele e os nacionais têm memória curta, ou então (o que será pior) outros interesses. De qualquer das maneiras é muito triste ver como o cravo murchou e como poucos se importam com isso...
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Dia do Livro
Neste Dia do Livro ponho aqui este livro, nesta edição, não por ser o livro da minha vida (porque não há nenhum livro da minha vida, todos os dias descubro um novo que se torna o tal e dou graças por isso), mas por ter sido este, penso, que me chocou (no melhor sentido possível) primeiro. Aquele em que eu, conscientemente, disse para mim próprio, já sei o que quero ser quando for grande, LEITOR!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Miguel Relvas dixit
No Expresso
"Quero dizer-lhes que Portugal tem futuro e que há esperança, que emigrem quando tiverem de emigrar. Nós não temos de ter preconceitos, a minha filha dentro de seis meses vai fazer Erasmus para França."
Será que a menina Relvas também vai de mala ao ombro?
O som das palavras
Gosto de ouvir o som das palavras quando as leio, de lhes
perceber todas as nuances, as voltas e reviravoltas, os saltos em frente ou a
sua discrição quando se escondem atrás umas das outras.
Também gosto de histórias, de como as palavras se vão
juntando e oferecem imagens, sons, desenhos e alma, quando se prendem naquela
sucessão imparável de sensações boas, daquelas que só uma história emocionante,
ou intrigante, ou apenas bonita, conseguem ofertar.
Gosto, sobretudo, das surpresas, quando as palavras se unem
e dão coisas com que nunca sonhei, mesmo que não formem, aparentemente,
histórias, mesmo que o seu sentido não seja, à primeira vista, linear, mesmo
que seja necessário fechar os olhos e ler, apenas, com a emoção.
Gosto dessas frases com que nunca sonhei, que nunca vi, mas
que me abrem caminhos novos, porque são assim as boas descobertas, as
verdadeiras, direi, as únicas, porque desse modo não são só histórias, por
muito bonitas, interessantes, intrigantes que sejam; não são apenas relatos; assim
não são só informações, por muito relevantes, precisas, importantes que se
transmitem.
Assim são vidas novas que são dadas sem esperar retorno,
apenas aquele que a sua insubstituível beleza deixa desprender.
Gosto dessas palavras que formam essas frases e que compõem
esses livros. Aqueles que estão para além do tangível, os que entram e nunca
mais saem.
terça-feira, 17 de abril de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
No Público
Em 22 casos só Aimar foi punido com dois jogos
Nesta época, houve 23 futebolistas dos campeonatos profi ssionais castigados por jogo violento ao abrigo do artigo 124.1 do regulamento disciplinar
da Liga mas apenas dois foram suspensos por dois jogos.
Um foi Lourenço (Santa Clara), que era reincidente.
O outro foi Pablo Aimar pela expulsão em Olhão. Todos os outros fi caram castigados por um jogo.
Um foi Lourenço (Santa Clara), que era reincidente.
O outro foi Pablo Aimar pela expulsão em Olhão. Todos os outros fi caram castigados por um jogo.
Graças a Deus (ainda) é sexta
...there you stand, making my life possible...
...by the look in your eyes...
quarta-feira, 28 de março de 2012
Resultador enganador...
Na Bola:
«O resultado é enganador» - Bosingwa
Pois é, é enganador, mas é o resultado e, desta maneira, uma época que tinha tudo para ser excelente estás prestes a ser uma desilusão. Ainda por cima quando Aimar não vai poder estar nos dois próximos (e decisivos) jogos.
terça-feira, 27 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Antonio Tabucchi
Escritor, maior, italiano, morreu hoje em Lisboa. Sintomaticamente havia escrito (em 1992) o seu requiem na nossa lingua.
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
Bloqueio...mental!
No Público:
«O FC Porto pretende que o Ministério da Educação se pronuncie sobre “os fascistas do gosto”, na sequência de uma queixa contra o ensinamento às crianças de cantigas infantis com saudações ao Benfica numa escola pública da Ericeira.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o clube portuense condena “o proselitismo em escolas públicas”, saúda “o civismo do pai” autor da queixa e critica o género de cantilenas naquele jardim-de-infância público: “Em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de ‘ayatollahs’ das suas próprias preferências”.
“Mais grave é que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia, não só no jardim-infância da Ericeira, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e noutras de Lisboa e Cascais”, refere a nota divulgada na página oficial do clube.
O FC Porto pretende que “o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que, em todas as escolas do país, se acabem com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora”.
A inclusão da expressão ‘viva ao Benfica’ na cantilena “Atirei o pau ao gato” de um jardim-de-infância da Ericeira, Mafra, motivou a queixa de um pai ao Ministério da Educação, por desrespeitar a pluralidade de gostos.
Na queixa enviada, Eduardo Mascarenhas, pai de uma menina de quatro anos, manifestou-se contra o facto de a educadora ter feito uma adaptação, ao ensinar as crianças a cantar “vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o Benfica”, várias vezes ao dia.»
Mas isto é normal????
O provincianismo (leia-se pequenez mental) nunca mais é arredado do nosso pequeno país.
Já agora, batata frita, viva o Benfica e, sobretudo, vai-te embora pulga maldita!
«O FC Porto pretende que o Ministério da Educação se pronuncie sobre “os fascistas do gosto”, na sequência de uma queixa contra o ensinamento às crianças de cantigas infantis com saudações ao Benfica numa escola pública da Ericeira.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o clube portuense condena “o proselitismo em escolas públicas”, saúda “o civismo do pai” autor da queixa e critica o género de cantilenas naquele jardim-de-infância público: “Em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de ‘ayatollahs’ das suas próprias preferências”.
“Mais grave é que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia, não só no jardim-infância da Ericeira, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e noutras de Lisboa e Cascais”, refere a nota divulgada na página oficial do clube.
O FC Porto pretende que “o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que, em todas as escolas do país, se acabem com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora”.
A inclusão da expressão ‘viva ao Benfica’ na cantilena “Atirei o pau ao gato” de um jardim-de-infância da Ericeira, Mafra, motivou a queixa de um pai ao Ministério da Educação, por desrespeitar a pluralidade de gostos.
Na queixa enviada, Eduardo Mascarenhas, pai de uma menina de quatro anos, manifestou-se contra o facto de a educadora ter feito uma adaptação, ao ensinar as crianças a cantar “vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o Benfica”, várias vezes ao dia.»
Mas isto é normal????
O provincianismo (leia-se pequenez mental) nunca mais é arredado do nosso pequeno país.
Já agora, batata frita, viva o Benfica e, sobretudo, vai-te embora pulga maldita!
quinta-feira, 22 de março de 2012
Mais pieguices
Andam nervosos estes senhores de farda. Se calhar também lhes cortaram no ordenado, mas como não sabem protestar de outra forma, vá de largar porrada em tudo o que mexe.
Cambada de piegas!
quarta-feira, 21 de março de 2012
Lá ganhámos
Ah, já me esquecia, ontem lá ganhámos aquilo. Custava muito terem feito a mesma coisa há semanas atrás, ãh, custava?
48 crash???
Esta era uma música que ouvia imenso ali pelos inicios da adolescência. Já não a ouvia há um montão de anos, mas hoje voltei-lhe e estou quase a confirmar se 48 crash...
terça-feira, 20 de março de 2012
Banda Desenhada
A banda desenhada será sempre uma espécie de ilha onde a fantasia consegue andar à solta e onde poderemos, sempre, encontrar motivos para nos regozijarmos.
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Stolen Child
Hoje eles andam por aqui, perto de mim. Não os consigo ir ver mas, de qualquer forma, nunca deixei de os ouvir. Uma música bonita de Mike Scott, um poema inspirado de Yeats, uma interpretação fantástica dos Waterboys e de Tomás Mac Eion.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Destinos
Caminhava de olhos no chão, de repente parou, não que
tivesse vontade, mas algo, alguém, alguma coisa, o fez estacar e olhar em
frente com uma força e uma vontade que nunca sentira antes.
Nunca soube porquê.
No momento seguinte a ter parado, já lá não se encontrava,
tinha partido para outro destino, aquele onde nunca será preciso parar, porque
a distância que agora o ocupa é infinita. Uma estrada sem fim. Imortal.
É assim o destino daqueles que sabem viver.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Nunca me vou calar
«Apresentei o facto real, sobre um lance de bola parada, sem por em causa a honestidade do árbitro auxiliar, mas que todos viram. Sou treinador do Benfica para defender os interesses do clube e penso que vivo num País em que ninguém está acima da crítica. O presidente da República é criticado e eu também sou quando as coisas não correm bem. Porque os árbitros não podem ser criticados? (...) Muitos árbitros nasceram depois de 1974 e não sabem o que é o 25 de abril, mas eu ainda sou desse tempo. Conquistámos esse direito de nos podermos expressar. Nunca me vou calar.»
E depois venham dizer-me que ele não sabe falar!!!
buracos...
« In a hole in the ground there lived a hobbit (...) »
Este talvez seja o buraco mais famoso da História da Literatura.
Salazar, marca registada
«Salazar vai ser marca registada para potenciar a economia do concelho que viu nascer o antigo Presidente do Conselho, Santa Comba Dão, e um dos primeiros produtos com esse cunho será o vinho 'Memórias de Salazar'.»
Está mais do que visto que este vai ser um vinho azedo, daqueles muito ácidos, dos que vão queimar o estômago e, sobretudo, os neurónios, porque, das memórias deste senhor, como todos sabemos, não pode sair coisa boa.
terça-feira, 13 de março de 2012
Futebol português
Na Bola online:
«A Assembleia-Geral extraordinária da Liga aprovou esta noite o alargamento do campeonato principal a 18 equipas, num molde que não implica a descida dos dois últimos classificados no final da presente temporada.»
Então e se também não houver campeão e acesso à respectiva liga, não era mais democrático?
O melhor mesmo é anular o presente campeonato...
A infância num parêntesis
(Lembro-me então que o Manel
era a tasca onde
comprava os rebuçados que vinham embrulhados nos bonecos da bola. Ou que o Duarte era a mercearia ali ao lado. Ou que
o Alto era o pequeno jardim em
frente à escola. Ou tantas outras palavras que têm o seu significado próprio,
mas que, para alguém em particular, assumem uma outra significação, um outro
conceito, ou outra lembrança, a de uma palavra que se colou à memória e que, para
sempre, trará de volta cheiros, sons, regozijos até! Porque é essa a cola dos
dias, aquela que nos mantém vivos e nos dá consistência!)
segunda-feira, 12 de março de 2012
sábado, 10 de março de 2012
Continuar a acreditar
Depois deste jogo é preciso continuar a acreditar. Os bandidos não podem ganhar sempre. Força Académica!
sexta-feira, 9 de março de 2012
Palavras com som...
Olho-te com os olhos cerrados.
Não os consigo abrir porque me dói a tua beleza.
Toco-te sempre ao de leve, porque me queima a tua pele.
Sei que, por vezes, me sorris, porque oiço o teu chamamento.
Quando te descobres perante mim não sei o que mais posso fazer.
Deixar-te ir e depois morrer num abraço feliz?
Ou continuar à espera que me digas que ficas, mesmo quando a distância que nos separa se transforma num imenso desfiladeiro de receios.
Diz-me…
Não, não mo digas por palavras, deixa que eu te aprenda de cor e depois sim, concede-me apenas um desejo, o de me encontrar perdido nos caminhos que percorres.
Novo Zafon
Em castelhano já anda aí o novo Zafon, que nos traz de volta o cemitério dos livros esquecidos, já o folheei e não sei se aguentarei a espera pela tradução portuguesa. De qualquer forma é uma óptima noticia de um dos romancistas mais fortes da actualidade e de uma das cidades mais fascinantes do mundo.
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
uma nunca terra
Juro que me apetecia escrever, postar coisinhas interessantes, dignas de quem por aqui passa, que lhes valesse o tempo dispendido a passar por aqui, mas ando vazio, tão vazio que nem músicas consigo imaginar para vos dar.
Talvez amanhã me passe a lassidão. Talvez amanhã aqui descubram algo que valha a visita. Não sei.
Entretanto agradeço-vos o passar de olhos por esta terra que, cada vez mais, se vai tornando a do nunca.
Talvez amanhã me passe a lassidão. Talvez amanhã aqui descubram algo que valha a visita. Não sei.
Entretanto agradeço-vos o passar de olhos por esta terra que, cada vez mais, se vai tornando a do nunca.
terça-feira, 6 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
nem um
Antes do jogo em Guimarães disse a um amigo meu que, se o Benfica ganhasse os três jogos seguintes, seria campeão...
...nem um...
...foda-se...
...nem um...
...foda-se...
sexta-feira, 2 de março de 2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
Fine Covers (LXII)
The Monkees vs. Neil Diamomd
(o vocalista dos The Monkees, Davey Jones morreu ontem)
Pressões
Aqui há uns anos era assim que eles actuavam, sem vergonha, na cara de todos e ninguém, nem mesmo quem devia (ou sobretudo quem devia) fazia alguma coisa. Hoje são mais recatados mas, mesmo assim, continuam a pressionar vilmente, talvez até com mais eficácia (vide o jogo em Coimbra no passado sábado). Espero que o Proença tenha mais coragem e justeza que o triste Pratas aqui retratado. Se bem que pelos exemplos que o Proença tem dado noutras ocasiões, me pareça que o caldo já está todo entornado. Esperemos para ver...
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
29 de Fevereiro - 13 anos
Eu nasci num ano bissexto. Não no dia 29 de Fevereiro, um pouco depois.
Entraria este ano no 13º ano de vida, se contasse apenas os anos com mais um dia, tal como os contava um amigo meu, entretanto falecido.
13 anos é uma idade maravilhosa, é a idade da minha filha mais velha. É também uma idade de grandes dúvidas, enormes pesares (ou pesos), de lutas constantes, sobretudo com a nossa própria cabeça, mas é também uma idade de lançamentos, de lançamentos de vidas, de futuros que ainda não conhecemos mas que julgamos grandes, embora os medos estejam aqui mais fortes.
Não tenho hoje, como é natural, 13 anos, não enfrento os combates que enfrentei naquela idade, mas sei que, num futuro qualquer irei voltar a tê-los e voltarei a reganhar as coragens que entretanto fui perdendo, porque com 13 anos, com as borbulhas a saltarem-nos por todo o lado, sentimos, pela primeira vez, que a vida não vai esperar por nós, somos nós que temos que correr atrás dela.
Benfiquismo
Por muitos Proenças, Xistras ou outros Andrades que venham. Por muito que nos façam mal, por muito que nos façamos mal a nós próprios. Por muito que nos tentem calar, por muito que nos tentem enganar, ninguém, ninguém, para além de cada um de nós, sabe o que significa ser, abençoadamente, do Benfica.
Fica aqui um excelente exemplo:
Fica aqui um excelente exemplo:
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
108 anos
Que os actuais saibam honrar os fundadores e, já na próxima sexta feira, façam exaltar o glorioso nome do Sport Lisboa e Benfica.
Feliz Aniversário para todos os que acreditam!
Feliz Aniversário para todos os que acreditam!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Óscar? Não.Hugo!
Não vi a maior parte dos filmes nomeados para os óscares, mas vi este e não me importo nada com quem ganhou ou deixou de ganhar. Hugo é uma delicia e para mim o que conta é a magia que me ofereceu.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Qué passa?
Continuamos a insistir em dar o ouro aos bandidos do costume.
(se bem que aqui os bandidos tenham sido ajudados por outro, como poderá ver claramente se clicar na imagem)
(se bem que aqui os bandidos tenham sido ajudados por outro, como poderá ver claramente se clicar na imagem)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Graças a Deus é sexta feira
Long live the 80's! Pelo menos éramos bem mais novos.
Bom fim de semana.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Panda Bear
É americano, músico (dos bons), vive em Lisboa e adora futebol. É adepto, claro, do Glorioso e dedicou-lhe uma música, excepcional. Ouçam:
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
De regresso
Quando saiu de casa teve a certeza de que jamais voltaria. Vivia sozinho desde que a sua família tinha sido assassinada pelo outro.
O dia ia ser longo, tão longo que não teria fim. As suas certezas eram, hoje, mais certas que nunca. Por isso levou o chapéu à cabeça, ajustou o cinturão e assobiou baixinho. Depois começou a descer a rua com passos lentos, compassados, decididos. Quanto chegou à porta do outro chamou-o com um grito seco e forte.
Nem tempo teve de se virar, o outro, traiçoeiramente, como era seu uso, disparou primeiro, pelas costas. Ao cair teve ainda tempo de ver o céu e percebeu, naquele instante, que não importava ser ali, naquele mundo onde as injustiças imperavam. Fechou então os olhos e voltou a sorrir, há tanto tempo que não o fazia.
Quando recuperou a vontade, pouco depois, sentiu-se livre como nunca sentira e foi com uma agradável sensação de leveza que voltou a casa. Entrou pela porta das traseiras e chamou a mulher e os filhos.
Agora sim, disse-lhes, agora podemos ser felizes.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A besta sarrafeira
A mim ninguém me tira que algum bicho azul deve soprado a este lacaio sarrafeiro alguma coisa sobre o Rodrigo. E a besta mais não fez do que aquilo que sabe, magoar severamente um jogador de futebol. Para quando a erradicação destes animais dos campos de futebol?
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Famílias
As famílias não são, a maior parte das vezes, como gostaríamos que fossem, principalmente as nossas. Por muito que nos matemos a tentar fazer com que as pessoas da nossa família sejam, vivam, pensem, de acordo com as nossa expectativas, elas saem sempre goradas, há sempre uma prima que não está de acordo com aquilo que pensamos que ela poderia ser, há sempre um tio que se engana no nosso nome, há sempre um avô que gosta mais do nosso irmão do que nós. Nunca acertamos nas nossas famílias, é mais que certo.
Fundamentalmente porque as famílias são constituídas por pessoas e não por estereótipos daquilo que julgamos ser melhor e isso é uma realidade com a qual nos custa conviver. Por isso lá vamos escolhendo as nossas famílias fora dos laços de sangue, constituindo, muitas vezes, famílias paralelas, escolhidas por nós, onde cada elemento está de acordo com aquilo que julgamos mais acertado. São famílias emprestadas, falsas, mas com as quais nos sentimos bem. No fundo uma família mais não é que um conjunto de pessoas com quem partilhamos momentos, histórias, carinhos, mesmos que o sangue seja muito diferente, mesmo que as afinidades tenham nascido, apenas, dum convívio que nos foi abrindo as portas dessas pessoas que, afinal, passaram a constituir a família que sempre desejámos. Normalmente chamamos-lhes amigos e assim deve ser, uma boa família deve ser constituída por amigos, de sangue ou de outra coisa qualquer.
Como esta.
Fundamentalmente porque as famílias são constituídas por pessoas e não por estereótipos daquilo que julgamos ser melhor e isso é uma realidade com a qual nos custa conviver. Por isso lá vamos escolhendo as nossas famílias fora dos laços de sangue, constituindo, muitas vezes, famílias paralelas, escolhidas por nós, onde cada elemento está de acordo com aquilo que julgamos mais acertado. São famílias emprestadas, falsas, mas com as quais nos sentimos bem. No fundo uma família mais não é que um conjunto de pessoas com quem partilhamos momentos, histórias, carinhos, mesmos que o sangue seja muito diferente, mesmo que as afinidades tenham nascido, apenas, dum convívio que nos foi abrindo as portas dessas pessoas que, afinal, passaram a constituir a família que sempre desejámos. Normalmente chamamos-lhes amigos e assim deve ser, uma boa família deve ser constituída por amigos, de sangue ou de outra coisa qualquer.
Como esta.
Luar (IV)
(...)Cá fora, na rua, as pessoas continuavam alegres, coloridas, viviam aquela noite de verão claro como se fosse o último dia que estivessem na terra.
Ele olhava estupefacto para a sua janela, para a janela da sua casa minúscula, a janela da sala pequena onde tinha só um sofá, onde guardava as músicas e as letras que sempre lhe fizeram companhia e via-se a si próprio, rodeado por uma luz imensa, por figuras indescritíveis, seres de luz, seres que clareavam a escuridão que saia da sua sala, que tornavam que aquela sala diminuta se tornasse num foco de claridade, como se a lua cheia que naquela noite se desenhava tão claramente no céu, tivesse invadido o seu pequeno espaço.
Não entendeu se o que se passava era real ou se era apenas a sua mente que o iludia.
Reparou então que ao seu lado as pessoas alegres e coloridas que viviam aquela noite como se fosse a última, paravam a mirar a janela da sua sala, apontavam e soltavam exclamações abafados, os seus rostos já não estavam alegres, mas sim apreensivos.
Ele levou a mão ao rosto e sentiu-o macio, sem um pelo que fosse a assomar-lhe as faces, sentiu que na sua boca estalava um sabor adocicado e que no seu peito se abria uma sensação nova, tão longe das dores que sempre sentira.
Ouviu então um som uníssono, que saía das vozes das pessoas que tinham estado alegres e que agora estavam apreensivas e olhou na direcção da sua janela ainda a tempo de se ver saltar, de braços abertos, como se esperasse levantar voo. Atrás de si irrompiam labaredas que, podia jurar, tinham formas quase humanas, seguidas por uma grande bola que se assemelhava à lua que lá cima tudo iluminava.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Luar (III)
(...)Uma guinada mais forte fê-lo estremecer, soltou as mãos da sua cabeça e, inadvertidamente, tocou o copo vazio que estava ao lado do sofá. Ao quebrar-se o copo fez com ele abrisse novamente os olhos e despertasse da lassidão em que se vinha encontrando.
Assomou-lhe então um breve sorriso, próximo de um esgar incontrolável. A boca ainda lhe sabia mal, mas ele teve um lampejo daquilo que achou ser a lucidez.
Recostou-se no sofá, no único sofá daquela sala diminuta. Olhou à volta, descobriu os livros e os discos que estavam espalhados pelo chão, os sons e as palavras que tinha escolhido para si, havia já tanto tempo, ou assim lhe parecia.
Reparou então que estava às escuras e resolveu rodar o interruptor que ligaria a lâmpada eléctrica que estava dependurada de uma espécie de fio no tecto da sala. Quando o fez a lâmpada estilhaçou-se em mil pedaços, mas, apesar disso, uma luz surgiu, como se o tecto da sua pequena sala se tivesse aberto e pelo buraco jorrasse a energia de milhares de lâmpadas iguais à que se tinha quebrado.
Mais uma vez não compreendeu o que se passava, se aquilo era real, ou se à sua mente tinham voltado as figuras de luz, só que agora mais fortes, mais brilhantes, com um poder nunca visto ou sonhado.
Lá em cima viu que a lua, as figuras de luz que tinha criado na sua cabeça e ele próprio, se aproximavam mais da terra, da sua cidade, de sua casa. Então, numa explosão sem som, numa chuva de luz sem igual, penetraram na sua sala, naquela sala mínima da sua casa ínfima.
Descobriu-se a si próprio olhando incrédulo para aquela imensidão de luzes, sem perceber se o que se passava era real, ou se à sua mente tinham voltado as luzes que, pensava, só existiam na escuridão que tinha criado. (...)
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Luar (II)
(...)Esticou uma mão, lentamente, como que a querer tocar-lhe. Esticou o corpo. Subiu o parapeito da janela e deu por si a flutuar ao encontro da lua. Como se o seu corpo se soltasse, leve, num movimento de perpétua ligeireza. Ao seu lado materializavam-se todas as formas que tinha visto no interior da sua cabeça, dele próprio começou a irradiar uma luz, igual aquela que saia das outras formas.
Sentia-se um personagem feito de luz, tal como os outros, tal como a lua que estava agora maior, ou mais perto, ao alcance da sua mão.
Lá em baixo as pessoas continuavam a caminhar com as suas cores, os seus risos sonoros, as suas vidas risonhas, ou só aparentemente, alegres. O verão estava feliz naquela noite de grande luar, de uma enorme lua brilhante que era agora acompanhada por outras figuras de luz de que ninguém parecia aperceber-se.
Viu ainda a sua casa e conseguiu perceber a sua janela aberta de para em par e uma silhueta negra parada sobre o parapeito, mãos estendidas para o céu, estremecendo e hesitando em saltar ou voltar para dentro.
Voltou a sentir no interior da sua boca aquele sabor rouco, a ervas queimadas, que lhe arranhava a garganta e bem mais que isso, lhe tornava o peito feroz, azedo.
A lua continuava enorme à sua frente, as figuras de luz tinham entretanto desaparecido naquela imensidão de luz que jorrava daquele luar imponente. No interior da sua cabeça já não havia agora lugar para tais figuras, a escuridão tinha desaparecido e tudo era só luz, brilho, incandescência, uma fogueira indomável, um imenso rio de lava que o queimava e não deixava espaço para a escuridão que o mantinha vivo.
Lentamente desceu do parapeito e fechou a janela. Lá fora o ruído como que parou, as cores das pessoas que passavam alegres desapareceram.
Sentou-se novamente no único sofá daquela sala minúscula, daquela casa mínima, daquela cidade que vivia alegremente o seu verão colorido sem saber que naquela sala, naquele sofá ele voltava a enterrar a cabeça entre as mãos e voltava a sentir os pelos da barba mal feita a enterraram-se lente, mas persistentemente, na carne entre as unhas. A dor voltou-lhe ao peito, vagarosa a perfurar-lhe o esterno e a subir-lhe, inexorável, pelo rosto em direcção ao cérebro. (...)
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Luar (I)
Estava sozinho em casa, sentado no sofá da sala, naquele único sofá daquela pequena sala. Escondia a cara entre as mãos, sentia os pelos da barba a penetrarem, duros, nas extremidades dos seus dedos, entre as suas unhas. Ia pensando, nada em concreto, pensava na dor que os pelos lhe provocavam ao cravarem-se na carne entre as unhas, pensava que tinha sede e pensava sobretudo que não tinha vontade. Não tinha vontade de nada. De sair daquela posição, de levantar o rosto, de se barbear, de pensar.
Doía-lhe o peito. Uma dor ao mesmo tempo fina e grossa, ou melhor, às vezes fina, mas que ia engrossando até ser quase insuportável e que depois se ia esfumando lentamente até quase desaparecer e depois voltava ao inicio.
Ao seu lado estava pousado um copo vazio, logo ao lado de uma garrafa igualmente vazia. Na sua boca ainda permanecia um leve trago a uísque barato, não era, aliás, um leve travo, era uma rouquidão impossível de tratar, era um ronco infinito que na sua garganta se havia formado para nunca mais desaparecer.
Mantinha os olhos fechados, admirando o interior da sua cabeça, ou assim queria acreditar. Que aquelas coisas que via com os olhos fechados fossem o interior da sua cabeça, aquilo que lhe alimentava as ideias, ou a falta delas.
Luzinhas fugidias, imagens difusas que se iam formando, escapando-se-lhe por entre a escuridão que vivia lá ao fundo, no interior da sua cabeça, figuras humanas feitas de luz, feitas, talvez, de uma imaginação que poderia ser fértil ou apenas estranha.
A sala onde se encontrava estava despedida, despida de mobiliário, para além do sofá onde se sentava tinha apenas uma mesa baixa e um conjunto desirmanado de cadeiras, depois eram livros e discos espelhados pelo chão, sem disposição aparente, a um deus dará que depreendia de tudo o resto e até dele próprio. Mas aquela sala parecia igualmente despida de emoção, toda ela era silêncio perturbador, embora lá fora o ruído da cidade se manifestasse forte. Para além daquela sala nada mais havia naquela casa que ressaltasse, era uma casa pequena e também ela vazia.
Quando abriu os olhos continuou a ver as formas que se tinham formado na sua cabeça, no seu interior, na escuridão que o consumia.
Levantou-se devagar e procurou outra garrafa, a boca e alma pediam-lhe a aspereza da bebida maldita que era a única que bebia. Acercou-se da janela e abriu-a de par em par. Lá fora era verão, havia gente nas ruas, cores e gritos, aquilo a que se chamava alegria parecia despender-se das ruas, das vozes, das caras das pessoas. Era noite e o céu estava azul-escuro. Bem lá no meio uma enorme lua recortava e iluminava tudo, quase lhe parecia ser mais uma das imagens que formara no seu interior escuro, uma bola que irradiava luz, uma luz baça mas forte.
Deixou-se ficar a olhá-la, a deixá-la aproximar-se de si, até que nada mais conseguia ver, só o escuro que rodeava aquele círculo de luz que se mexia, que lhe vinha ocupar todo o espaço que lhe restava. (...)
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Graças a Deus (ontem foi) é sexta feira
Rodrigo Leão e Neil Hannon e depois não me venham dizer que não existe a perfeição.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Rock em Stock
De repente veio-me à memória a rádio, daquele tempo em que a rádio era a sério, em que havia, de facto, programas de rádio e onde podíamos ouvir os autores, aqueles autores que sabiam comunicar, fazer rádio, deleitar-nos com os seus conhecimentos e com as músicas que nos ofereciam, daquelas a sério, daquelas que valiam a pena, sem playlists, sem concessões ao comercialismo, sem artificios manhosos, tudo puro, tudo para todos os gostos, tudo para que os ouvintes se sentissem presos aos seus programas, daqueles que nos faziam bem, que nos faziam querer ficar agarrado ao aparelho de rádio porque ele nos acompanhava, nos mostrava aquilo que queríamos conhecer, naqueles que eram, verdadeiramente, os dias da rádio. Nessa altura um dos meus programas era o Rock em Stock do saudoso Luis Filipe B(e)arros.
Abaixo podemos ouvir (nos primeiros 40 s. da canção) o genérico que nos abria as portas do sonho.
Graças a Deus (ainda) é sexta feira
É tão bonito que chega a doer, ou então é a dor transformada em beleza, «mas é mesmo assim o amor».
Bom fim de semana outra vez.
Graças a Deus é sexta feira
Depois do fim do dia de ontem ter sido passado em tão boa companhia, aqui vos deixo um cheirinho daquilo que vi e ouvi e que tão bem me soube.
Bom fim de semana.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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