quarta-feira, 21 de abril de 2010

(...) - 19

(...)E mesmo naqueles momentos em que parados, sentados, deitados nos bancos daquele jardim minúsculo, mas que parecia o éden, discorríamos sobre o destino do mundo e sobre os desenhos animados que tínhamos visto na véspera.
A televisão era a preto e branco, mas todas as descrições eram multi-coloridas. Arco-Íris de imaginação à solta.
Tinham sido bons tempos na verdade. Os bons velhos tempos. Com amigos a sério. Daqueles que já não voltam porque só podem existir naquela idade.
E agora aqui estou. Sentado à porta de minha casa. Sem saber o que fazer.
Será que ela volta?
Será que ainda sabe dizer o meu nome?
Será que…
E se me levantasse agora e me obrigasse a sair.
A procurá-la. A encontrá-la.
Mas não sei onde. Menos ainda sei como.
Está a anoitecer lá fora. A chuva parece ter-se ido de vez.
(...)

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