segunda-feira, 7 de agosto de 2006

A marca de Jacobs


Quase a par da minha obsessão pelo Tintin, está a admiração que nutro pela série, originalmente criada por E.P. Jacobs, protagonizada por Phillipe Mortimer e Francis Blake. Dos tempos em que o único criador era Jacobs realço a obra prima intitulada "A Marca Amarela", mas igualmente "O Enigma de Atlântida", onde conheci estas aventuras. Devo dizer, contudo, que todos os outros me agradam imenso, desde o "Segredo do Espadão" até às "Três fórmulas do Professor Sato", história inacabada por Jacobs, à imagem do que aconteceu com o "L'Alph-Art" de Hergé. Ao contrário deste, aquele viria a ser concluído por Bob de Moor, também ele antigo colaborador de Hergé, tal como tinha acontecido com Jacobs.
Depois do desaparecimento do criador, dois pares de argumentistas e desenhadores pegaram na série e deram-lhe uma nova vida. Jean van Hamme e Ted Benoit executaram "O Caso Francis Blake" e o "O Estranho Encontro" e Yves Sente e André Juillard realizaram "A Conspiração Voronov" e "Os Sarcófagos do 6º Continente". Em boa hora o fizeram, e embora se notem, aqui e ali, as marcas próprias de cada um deles, conseguiram, na minha opinião, manter vivo o espírito que Jacobs sempre imprimiu às Aventuras de Blake e Mortimer, prolongando, dessa forma, as nossas expectativas e aumentando o prazer na leitura.

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