sexta-feira, 4 de agosto de 2006

A amizade no topo do mundo


Sinónimo de amizade no universo de Tintin é o nome TCHANG.
Será, porventura, este o “verdadeiro amigo”.
Surge apenas em dois álbuns, “O Loto Azul” e “Tintin no Tibete”, em qualquer deles a sua presença é curta, mas em ambos a aura amistosa que dele emana é marcante. Dever-se-á esta constatação ao facto de Tchang ter sido baseado num personagem real, igualmente chamado Tchang, apresentado a Hergé por amigos comuns quando o autor se aprestava para escrever “O Loto Azul”. Este chinês teve uma influência extrema na composição desse trabalho, foi ele que fez com que o respeito pela veracidade começasse aqui a ser mais efectivo. Todos os caracteres chineses que aparecem neste livro são verdadeiros. Esta colaboração tornou-se amizade. Poucos anos depois Tchang retorna à China e só na década de 80 se voltam a reencontrar. Antes disso, em finais da década de 50, Hergé, a atravessar um período difícil em termos psicológicos, fez um álbum que é o verdadeiro hino à amizade “Tintin no Tibete”, no qual o motivo principal é a busca do amigo desaparecido e por todos julgado morto, Tchang, que só graças à fé, perseverança e grande amizade de Tintin é salvo da morte certa.

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