![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1n8DZwO6maVIXtZ57M6-nAeAPPufL1E6d2F_cZgAp0LVPbQH7SUbrEuiBozuXVtZ_6VRVEXM-X_cLjRXzQ98bxGbvyvr1itJ1BVx7tv7kPbaWSAXr4vT4-Rz4ex0xS-JZ-hNQ/s320/untitled.bmp)
As portas abrem-se e o vento sacode-lhe os cabelos.
De olhos fechados dá os primeiros passos. Pé ante pé, tacteando o ar que se vai afastando à sua frente, descobre que na escuridão propositada o mundo lhe parece mais claro. Só quem nunca se viu por dentro pode ignorar a beleza dos sons, dos cheiros, das suas texturas, cambiantes, densidades e dimensões.
Percorre assim os minutos que lhe vão sucedendo. No seu isolamento percebe a multidão que se aproxima mas não o atormenta, sabe que no segundo seguinte outra onda de contentamento lhe percorrerá todo o corpo.
Não é êxtase, é apenas a sabedoria de ser assim, de se conhecer assim, de se querer assim. De olhos fechados, mas vendo para além…
Sem comentários:
Enviar um comentário