terça-feira, 13 de outubro de 2009

I remember that...

Às vezes parece que nos enganamos no caminho. Falta-nos tempo para percebermos onde os nossos passos nos levam e depois pode ser tarde para recuarmos, para darmos oportunidade às oportunidades que perdemos.
Lamentamo-nos, claro que sim.
Perpetuamos uma dor que de tanto doer se torna nossa amiga e passa a fazer parte de nós, como o braço amputado que continua a latejar mesmo depois de já ter ido.
E seguimos em frente, num outro caminho, ou no mesmo, mas com outros olhos e tentamos apagar os sentidos que ainda nos contradizem.
No entanto há uma força poderosa que nos faz ser gente, ter emoções e vida. Chama-se memória e a esta só podemos agradecer por existir e nos fazer companhia, porque com ela conseguimos, no mínimo, redimir alguns pedaços de nós que foram ficando espalhados algures noutros tempos.
Será pouco, dirão os que vivem a correr. Será, concedo. Mas é muito, quase tudo, para quem sabe que se pode enganar e que o caminho só se faz caminhando para a frente e olhando para todos os lados e para trás também, quando isso é a ponte para que os dias sejam mais luminosos.
Como diz uma das canções mais bonitas que conheço, I REMEMBER THAT…


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