segunda-feira, 26 de outubro de 2009

histórias de Rosa Branca


XVI

Amanheceu cedo.
O céu estava limpo, como vinha acontecendo nas últimas semanas.
Ainda toda a gente dormia.
Jordão, no entanto, já lá estava, como vinha acontecendo nas últimas semanas. Observava o vôo das andorinhas. Regozijava-se com os volteios e revolteios. Anotava mentalmente todas os rasantes que faziam, os graus que cortavam, a graça única que possuíam.
Quando Rosa Branca começasse a acordar, Jordão recolher-se-ia e deixaria que o dia passasse sem se assomar à rua.
Na manhã seguinte lá estaria outra vez, tal como iria acontecer nas próximas semanas.
O momento estava quase a chegar e ele não poderia faltar ao encontro marcado com o seu destino.

(continuará)

Sem comentários: