quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Eis o cordeiro


Há pouco, na TSF, no, aqui já referido, programa A Playlist de... , passou uma música de um grupo de culto, segundo o que afirmou o "seleccionador" desta semana. O grupo chama-se Genesis (até 1975) e a música chama-se Couting Out Time.
Já aqui falei, várias vezes, dos Genesis e do álbum onde esta música está incluída. Este grupo foi, também para mim, um grupo de culto, o primeiro grande grupo de culto. Aquele por quem eu enchi o meu quarto de adolescente com posters. Aquele a quem eu dediquei horas intermináveis de audições, sózinho (a maioria), ou em grupo. Aquele de quem eu sabia (quase) todas as letras de cor. Foram, na verdade, os Genesis (sobretudo até à edição de Duke)a minha banda de eleição durante a maior parte da adolescência. Levava muito a peito esta dedicação, era quase uma religião. Lia tudo sobre a banda, ouvia tudo o que podia e tinha discussões acesas com os amigos que não lhe tributavam a reverência devida (pelo menos na minha opinião).
Há pouco reouvi aquela faixa do The Lamb Lies Down on Broadway e não, não fiquei nostálgico, fiquei, mais uma vez, com a certeza que esta música, este disco, são exemplos, completamente acabados, de que há músicas que não "têm tempo", que foram feitas tão à frente das correntes da época, que se mantêm inovadores e vanguardistas. The Lamb... é um desses exemplos; editado em 1974, este disco, as suas canções, a sua lógica narrativa, a sua amplitude, ultrapassam os nossos dias comuns e tornam-nos maiores, da forma que só as grandes criações conseguem.
It's Rael, It's Real!!!!

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