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Há cantores a quem, dificilmente, colaremos o rótulo de "pop", no sentido de populares.
São cantores mais densos, cantores malditos, místicos ou míticos, são, sem dúvida, cantores transgressores, que vivem e cantam à margem.
Por isso mesmo adquiriram uma aura de mistério e mesmo de negritude ou anarquia. E isso, aliado na maioria dos casos, à qualidade da sua música, torna-os maiores.
Podemos citar alguns; de Scott Walker a Jacques Brel, do nosso José Mário Branco a Serge Gainsbourg, mas queremos realçar aqui um dos maiores, Léo Ferré, que ao longo do seu tempo sempre nos surpreendeu com as suas canções de raiva, de marginalidade e também de amor. É dele um dos hinos máximos da melhor música de França, "La Solitude".
Ouçamo-lo com o devido silêncio...
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