terça-feira, 24 de janeiro de 2006
O Senhor dos Anéis (parte 2)
Voltemo-nos agora para coisas bem mais agradáveis e passemos mais uns breves momentos com o Senhor dos Anéis. Continuando o que ontem começámos :
É uma imaginação delirante que nos faz vogar em volta da Terra Média, esse continente maravilhoso, esse mundo que não sendo real faz todo sentido, quando nos deixamos nele emergir. Para nos facilitar o trabalho temos mapas, muitos mapas, uns mais detalhados, outros mais simples, mas que ajudam a nossa imaginação, tendo entretanto sido criados atlas que nos dão muito para além da simples carta geográfica, que analisam cada pormenor, cada topónimo, cada ser vegetal, animal, cada cidade e caminho, cada povo e cada fortaleza.
Vários são então os livros que foram sendo escritos sobre este mundo imaginado e criado por JRRT, todos eles acrescentando mais um ponto, mais uma nota, mais um elemento. O próprio JRRT apenas deu corpo ao Hobbit e à trilogia do Senhor dos Anéis, o seu filho Christopher preencheu a sua obra ao dar à estampa alguns textos, ainda que de certa forma incompletos, nos permitiram obter uma visão mais ampla de Arda, da sua criação, da sua mitologia, referimo-nos ao Silmarillion e aos Contos Inacabados e à obra monumental em doze volumes History of Midlle-Earth.
Muitos outros estudiosos universitários, ou simples curiosos elaboraram os mais diversos trabalhos tendo por base a criação de JRRT. De análises místicas e religiosas, a atlas e geografias, a enciclopédias e guias de leitura, de biografias a simples opiniões de tudo se fez e continua a fazer. Todos estes trabalhos vem enriquecer ainda mais a primeira criação, dando-nos hipótese de melhor a conhecer e compreender e dando ainda azo a que cada um de nós possa, por seu lado, sub-criar a sua própria visão da obra, construindo-a pouco a pouco, juntando aqui e ali novos dados, novas perspectivas e novos conhecimentos, criando então um grande painel que passará a ser uma outra História do Mundo, um mundo ficcionado, mas com uma presença tão forte que é quase corpórea.
A culminar, para já, esta(s) veia(s) criativa(s) foram realizados por Peter Jackson, cineasta neo-zelandês três longas-metragens, levando desta forma ao grande écran a monumental obra de J.R.R.T.. A versão cinematográfica ultrapassa, no conjunto dos três filmes, a nove horas de duração, sendo que as versões longas editadas em DVD totalizarão cerca de 12 horas de filme. Uma outra obra monumental, esta em cinema, que sendo uma visão pessoal de P.J. se mantêm muito fiel ao espirito da obra escrita. Utilizando as últimas novidades em termos de tecnologia usada em cinema, foi possível realizar aquilo que há poucos anos se pensou impossível, transpor para imagens reais toda a imaginação de J.R.R.T.. De tal forma esta versão se tornou um sucesso, que alcançou vários recordes de bilheteira e somou, no conjunto dos três filmes, vários prémios de cinema, oriundos de vários países, culminando nos óscares de Hollywood, que para o último filme da trilogia lhe atribuiu 11 estatuetas, tantas quantas as nomeações.
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