sábado, 19 de setembro de 2009

A arte do nojo


Diz Paula Rego que “Fazer arte é um nojo”!
Vi esta afirmação como título de uma reportagem na revista Visão. Não li a entrevista, não sei o contexto, não conheço, obviamente, a completa amplitude da afirmação.
Mas percebi, imediatamente, que é esse o sentimento que me assola quando me deparo com arte que esta senhora produz. Nojo.
Não no sentido comum da palavra. Não creio que não saiba pintar, nem que a sua técnica seja má, nem que os seus os quadros não tenham qualidade. Pelo menos os que se dizem conhecedores da matéria apreciam-nos bastante.
Mas entendi o que ela quis, talvez, explicar. Ou seja, tudo o que pinta, tudo o que põe na tela, tudo o que vê e transmite, está imbuído de sensações de nojo.
É também isso que, à flor da pele, sinto quando vejo as suas obras. Uma repelente sensação de nojo, de repulsa, de fealdade, que não consigo suportar.
Mas não será isso também uma forma legitima de fazer arte?

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