terça-feira, 1 de junho de 2010

(...) - 28

(...)Escritor…
Ah, o que eu desejei ser escritor.
Romances, contos, até poesia.
A minha grande frustração. A minha última frustração.
Ser escritor.
Sempre li muito. Desde muito pequeno. Histórias infantis, banda desenhada, romances de aventuras, literatura séria, embora isso nunca chegasse a saber verdadeiramente o que era.
Fantástico, neo-realismo, surrealismo, românticos, realistas, e o realismo fantástico também. Novelas, tudo. Li tudo e gostei. Achei que também o podia fazer. Andei por ali e por aqui. Escrevi centenas de páginas. Que digo eu, milhares. E nada se aproveitou. Nem uma vírgula sequer. Nunca ninguém gostou. Nunca ninguém se deu ao trabalho de me ler. Até em blogues escrevi. Post atrás de post. Ninguém lá ia. Masturbação, foi o que foi. Simples prazer individual. Ninguém me partilhou.
Se calhar não sei escrever. Deve ser isso.

Já é tarde. Ela já não vai voltar hoje. Não a esta hora.
(...)

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