terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Menos uma

Mais uma que vai fechar. Menos uma que nos fica a confortar, que nos permite passear pelos seus corredores, pelas suas estantes, folheando um ou outro livro, aspirando aquele cheiro único que salta dos livros. Mais uma que fecha, menos gente que se importa. O que é que tem? Os livros não fazem falta e depois há-os às carradas nos hipermercados, onde são mais baratos e os podemos comprar ao mesmo tempo que a alface ou o Skip, para quê perder tempo a ir a uma livraria que não tem mais nada a oferecer que uma quantidade de livros, se calhar daqueles que nem têm sequer uma lombada engraçada, daquelas que ficam bem no móvel lá de casa. Mais um pedaço de sonho que fica pelo caminho, mais um local onde deixamos de poder ir em busca do fantástico, do maravilhoso, das páginas que nos podiam tornar maiores, mais sábios, de certeza mais felizes. Menos uma porta que se nos abre, mais uma escuridão que surge para nos ir apagando os dias, que tristes que eles ficam assim. Sem letras, sem palavras, sem frases que nos formam, que nos encantam. E depois o que interessa isso? No memorando da troika não vinha que temos que saber ler!

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