quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dulce Maria Cardoso


Esta senhora não necessita da minha opinião para conhecer o seu (real) valor. Até porque já ganhou o Prémio de Literatura da União Europeia (se bem que que alguns prémios são atribuídos sabe lá Deus como). Queria dizer, no entanto, que acabei de ler, há pouco tempo, um livro seu, Campo de Sangue, que, em muito boa hora um bom amigo dado às coisas da escrita me recomendou e, posteriormente, ofereceu.
Conheci uma escrita forte, por vezes dura, despojada, mas muito, muito bela. Uma escrita que nos leva para dentro das pessoas que descreve e nos apresenta. Que as revolve e a nós também, que nos deixa sem defesas porque o que nos mostra se apresenta livre e sem amarras. Incomoda é certo, mas é um incómodo que nos faz bem, porque nos alerta e nos traz de volta a um mundo que, por vezes, teimamos em esconder, os das fraquezas da condição humana.
Agora que a conheci, Dulce Maria Cardoso, e mesmo não lhe dando a minha opinião sobre aquilo que escreve, quero dizer-lhe que vou continuar a lê-la porque em mim já se vai revelando a falta que tal escrita faz.
Obrigado.

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