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Nestes novos tempos em que tudo o que faz bem é light, livre de colesterol, com gordura a roçar o mínimo admissível. Em que os sabores se esqueceram de ser, em que a obesidade torna os jovens em casos desesperados, em que o inimigo silencioso faz mais barulho que o Concorde. Em que para ser bela/o, tem que se sofrer torturas atrozes, em que para ser incluído tem que excluir o prazer. Sabe bem reexperimentar um sabor de antigamente, quando podíamos comer na santa ignorância que nos fazia felizes.
É bom saber (e saborear) que há sabores que nunca mudam.
A manteiga Primor, por exemplo.
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