terça-feira, 11 de março de 2008
Os velhos meninos!
Quantas vezes damos por nós a negar, ou pelo menos a evitar, evidências inegáveis! Quantas vezes damos por nós a não acreditar na imagem que nos é devolvida pelo reflexo do espelho!
Quantas vezes damos por nós a renegar o nosso tempo!
Acontece a todos, mas pode acontecer de maneiras diferentes.
Podemos sempre manter acordado o Pan que habita em nós. Deixar que a criança que nos acalenta possa, sempre, ter uma palavra a dizer nas nossas atitudes, nos nossos quereres, nos nossos sentidos.
A ruga vai aparecendo, o cabelo branqueia-se, o músculo descai, mas a força e a vontade em ser jovem pode manter-se inalterável. O que nos vai e vem de dentro não tem que corresponder a um envelhecimento, a um desabamento da alegria.
Há velhos que se esquecem de envelhecer, há velhos que não olham o espelho, há velhos que teimam em manter o sorriso infantil, há velhos que nunca serão velhos!
Não acredito em máximas como, velho por fora e novo por dentro, creio que foram feitas para quem se deixa enganar pelo passar, inexorável, do tempo, mas acredito numa capacidade de regenerar a memória, de completar a vida, de manter acesa a chama da alegria inocente e contagiante da infância.
Ser velho pode ser bom, se continuarmos a acreditar na beleza do que temos, com mais uma ruga, com mais um cabelo branco, com um novo sorriso, com o renascer de uma outra vontade, com uma aceitação pacifica de que o tempo que nos é dado é para ser constantemente vivido e aproveitado.
Deixando que a criança que vive em nós nos vá guiando pelos caminhos que a velhice nos deixa, ainda, percorrer! Sorrindo sempre!
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