sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Um enorme Prado...
Um dos mais altos expoentes da B.D. europeia, na actualidade, é quase português! Pelo menos está muito próximo de nós.
Miguelanxo Prado é galego e até já nos ofereceu a sua visão muito particular da nossa capital no seu livro "Carta de Lisboa".
Como bom galego e na tradição de um Ballester ou de um Cela, as suas histórias ilustradas são de uma ironia e mordacidade evidentes, muito marcadas por um humor negro contagiante.
Possui um traço muito próprio, talvez um misto da linha clara franco-belga e de um certo classisismo espanhol. Mas é, sobretudo, a composição que faz entre o desenho e o texto que nos consegue fascinar, em obras tão surpreendentes como Crónicas Incongruentes, O Traço de Giz, Quotidiano Delirante ou a magnifica visão pessoal de Pedro e o Lobo.
Leiam-no e deliciem-se...
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Hergé 100
Já começaram as comemorações do centenário do nascimento de Hergé, que se completa a 22 de Maio de 2007. O próximo ano promete ser repleto de acontecimentos exaltantes da vida e obra do mestre da 9ª arte.
Para já o Centro George Pompidou abriu as "festividades" com uma grandiosa exposição onde se revive o percurso dos trabalhos de Georges Remi e dos seus personagens, com Tintin à cabeça, obviamente.
Uma das imagens que está patente é esta, em que se evoca Andy Warhol, um dos expoentes máximos da chamada Pop Art, da qual Hergé era confesso admirador. Essa admiração era recíproca e Warhol executou uma obra dedicada ao desenhador belga, a qual se pode vislumbrar por detrás dos dois senhores.
Aguardemos pelo resto...
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Christmas Carol
Ebenezer Scrooge era um velho sovina, mal humorado e zangado com a vida que vivia na Londres escura e sombria de meados do século XIX.
Nem numa época propicia a outras atitudes, como é o Natal, a sua alma se alegrava, pelo contrário, ficava ainda mais fechada.
Numa certa noite de Natal, quando estava, inevitavelmente, sózinho em casa, recebe a visita de três espiritos, um do passado, outro do presente e um terceiro do futuro.
Trazem-lhe memórias, realidades e projeções destes três tempos e dão-lhe uma nova visão da sua vida e da vida daqueles que o rodeiam, transformam-no numa nova pessoa, oferecendo-lhe o sorriso e aquecendo-lhe os dias vindouros.
Charles Dickens conseguiu assim condensar e transmitir o espirito de Natal, disse-nos que, se quisermos, podemos sorrir e fazer sorrir os outros.
E depois nunca é demais dizer que o Natal pode, e deve, durar o ano inteiro!
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Spielberg 60
Com Indiana Jones o cinema de aventuras redescobriu-se e recriou-se. O empolgamento, o suspense e o divertimento estavam aí de mãos dadas para nosso contentamento. O seu autor faz hoje 60 anos e, ao longo da sua carreira ofereceu-nos, para além do "arqueólogo" aventureiro, outras pérolas cinematográficas ao lado de outros produtos, na minha modesta opinião, menos conseguidos. No entanto creio que é de assinalar a data com um enorme obrigado pelos momentos bons que nos proporcionou. Recordo, também, com particular agrado os momentos deliciosos de Encontros Imediatos, a ternurenta lamechice de E.T. ou a crueza de Schindler.
E é este o senhor que detém os direitos cinematográficos das Aventuras de Tintin. Depois de tudo o que já fez será esta a "ultimate adventure"? A ver iremos...
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Cinema Show
Depois dos livros e dos discos cheguei agora a uma filmlist. E de entre os incontáveis filmes que já vi surgem-me, quase que num repente, estes vinte títulos. Filmes que me fizeram bem, que me fizeram rir e pensar, empolgar e chorar, filmes que transmitem emoções e que, muitas vezes, são maiores que a vida. Já os vi todos mais que uma vez e espero vê-los ainda muitas vezes.
Hair - M. Forman
Voando Sobre um Ninho de Cucos - M. Forman
Excalibur - J. Boorman
O Feiticeiro de Oz - V. Fleming
1900 - B. Bertolucci
Armarcord - F. Fellini
Cinema Paraíso - G. Tornatore
Do Céu Caíu uma Estrela - F. Capra
Música no Coração - R. Wise
My Fair Lady - G. Cukor
O Senhor dos Anéis - P. Jackson
Jesus Christ Superstar - N. Jewison
Benvindo Mr. Chance - H. Ashby
Ata-me - P. Almodovar
Indiana Jones - S. Spielberg
O Rei Pasmado - M. Uribe
The Commitments - A. Parker
O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e o seu Amante - P. Greenaway
O Pátio das Cantigas - F. Ribeiro
O Pecado Mora ao Lado - B. Wilder
Não são, certamente, os melhores filmes do mundo, mas que andam lá perto, andam!
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
December
Há pouco mais de vinte anos uma das bandas que ouvia com maior frequência e gosto eram os Waterboys de Mike Scott. Nessa altura e sobretudo com os seus primeiros quatro discos, passámos muitas horas de boa disposição. Várias são as músicas acima da média, desde a Girl Called Johnny a Gala, de Rags a The Big Music, de The Whole of the Moon a Old England ou de Fisherman's Blues a Sweet Thing.
Mas foram-me inicialmente apresentados com uma outra música, uma música que faz muito sentido este mês, ou, já agora, também nos outros onze, December, assim se chama e acaba assim:
«(...)December fell deep in the bleak
Mid-winter time when jesus christ
Howled a baby saviour’s howl
A primal truth as pure as ice
And though we crucified him on a cross
And dragged his name from payer to curse
He was able to go anywhere
He was almost one of us!»
Também Mike Scott é um de nós, um daqueles que acrescentou muitas coisas bonitas ao nosso dia a dia!
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
A favor das crianças
A UNICEF completou 60 anos!
Já não é propriamente uma criança, mas todos aqueles que se preocupam com as crianças merecem a nossa consideração e apoio, já que, cremos, o nosso mundo devia girar por elas. O pior é que, quando crescemos, perdemos a memória e perdemos, sobretudo, a vontade de rir e a capacidade de sonhar.
Espero que a UNICEF possa continuar a sua missão e espero, acima de tudo, que as crianças de hoje possam continuar a ser crianças pela vida fora, mesmo quando se transformarem em senhores e senhoras crescido(a)s.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
The Dream
Nos primeiros anos da década de 70, Peter Gabriel visitou uma exposição de arte onde viu esta pintura da autoria de Betty Swanwick (1915/1989). A visão agradou-lhe e tanto assim foi que o inspirou a escrever uma das músicas mais conseguidas da sua carreira com os Genesis, I Know What I LIke, incluída no álbum Selling England by the Pound (1973), que, na minha opinião de admirador confesso desta fase da banda, é o seu melhor trabalho.
A pintura, The Dream, foi posteriormente utilizada como capa desse disco .
O traço de Swanwick, profundamente britânico, ficou assim imortalizado numa das obras máximas da música popular dos nossos tempos.
Resta acrescentar que esta pintora está representada na National Portrait Gallery de Londres, com um retrato de outro dos grandes génios da cultura de língua inglesa, J.R.R.Tolkien.
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Disney World
Mesmo tendo em conta todas as adulterações feitas aos contos tradicionais, adoçando-os ou tornando-os mais próximos do american way, não é possível pensar em Walt Disney sem o associarmos à ideia do fantástico e do maravilhoso que transborda do(s) mundo(s) por ele criado(s).
Este senhor, que nasceu há exactamente 105 anos, é o grande responsável pela "fábrica de sonhos" que deslumbrou e deslumbra tanto miúdos como graúdos.
Disney pode ser, hoje, sinónimo de muitas coisas, umas boas, outras nem por isso, mas creio que, acima de tudo, uma delas sobressai, o encantamento! E por isso apetece dizer-lhe parabéns e obrigado!
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