segunda-feira, 20 de julho de 2009

Certezas

Há uma idade em que só temos certezas absolutas. Percorremos o caminho sem olhar para os lados, sem ouvirmos ninguém, sem sequer nos vermos ao espelho.
Com o passar dos anos as perguntas começam a assaltar-nos, os escolhos saem-nos ao caminho quando menos esperamos e chegamos ao tempo em que a única certeza é a das dúvidas que não nos largam.
A minha idade das certezas já passou há muito, ficou lá pelos anos 70, desde aí que convivo, e bem, com as minhas dúvidas, não consigo, aliás, viver sem elas. São elas que me ajudam a saber olhar em frente, ao mesmo tempo que vou mirando todos os cantos à minha volta, são elas que me vão permitindo fazer escolhas, acertar e errar, subir e descer, rir e até chorar.
No entanto, daquele tempo das certezas inabaláveis, mantenho uma, que cimentei hoje mais um bocadinho. É que, mesmo depois de ouvir muitos milhares de novas músicas, canções, melodias e delas tanto gostar, mantenho uma absolutidade, estes senhores que espreito aqui em baixo são, de certezinha, os melhores, mesmo quando, como aqui, já o mago Gabriel tinha expressado todas as suas dúvidas e tinha ido construir maravilhas para outro lado.
Vejam-nos e ouçam-nos com atenção.
Advirto, no entanto, que se não forem admiradores confessos e acharem que não têm dúvidas quanto a isso, não vale a pena o esforço. Fiquem-se pelas vossas certezas…

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