terça-feira, 30 de junho de 2009

De Vila Velha para o Mundo


Há livros e livros. Daqueles que nos prendem até ao infinito, dos outros que nos vão dando asas, até aqueles que passam por nós sem deixar rasto. Tenho vários de todos estes.
Normalmente quando me apaixono por um livro mantenho-o debaixo de olho, olho-o quase todos os dias e, cá dentro, vou-me lembrando dele amiúde, vendo-lhe as palavras, lembrando-me das imagens, transferindo-o, cada vez mais, para o meu interior, até que, acaba inevitavelmente por suceder, o livro torna-se meu, já não de quem o escreveu, já não de quem o imaginou e lhe deu forma, mas meu, aliás como creio que deve acontecer com todos os livros e com os seus leitores mais afortunados.
Não vou fazer uma listagem de todos os livros que me pertencem, nem sequer alinhavar uma meia dúzia, por não poder, depois, suportar a minha falta perante todos os outros. Mas vou só referir um, ou melhor três em um.
Álvaro Guerra escreveu-os e eu já os li dezenas de vezes. De todas, e são muitas, qualidades que neles encontro, vou realçar uma só, é o melhor compêndio de História do Século XX que conheço e tudo escrito em estilo de folhetim. É indispensável para quem gosta de ler, para quem gosta de conhecer e para quem precisa de perceber o sítio onde vive e como este se foi fazendo.
Tudo isto a propósito da reedição pela D.Quixote, em formato de bolso, da imperdível trilogia dos Cafés. O Café República já saiu, esperemos que o Central e o 25 de Abril não demorem e esperemos, sobretudo, que corram a comprá-los e a lê-los.
Vila Velha dar-vos-á a conhecer Portugal e o Mundo como nunca mais ninguém foi capaz!

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