Largar…
Deixá-los ir num despojamento sem retorno.
Saber fechar os olhos quando a vontade é mantê-los abertos e fixos naquele ponto que nunca queremos perder.
Conseguir baixar a cabeça e saber que, se a voltarmos a levantar, as coisas nunca mais serão as mesmas.
Saber que o sorriso que virá depois trará sempre consigo a dor que lhe associámos, quando decidimos deixá-los ir.
Deixar…
Sem saber como, nem porquê, ou até onde. Mas deixar. Abrir os braços e conseguir parar a tempo. Pelo menos até compreendermos que a estrada nunca terá fim.
Ouvir as vozes que sempre trouxemos connosco, mas que, por todas as razões, sempre ocultámos.
Decidir em definitivo. Saber que o fim está tão próximo que já não deixa dúvidas.
Ter, finalmente, consciência que todos os nossos erros já não importam aqui, porque, mesmo aqueles que ainda não o sabem, irão percorrer este mesmo caminho...
2 comentários:
Gostava de ter conseguido escrever este post.
A minha homenagem, que vale o que vale.
Muito obrigado!
Volte sempre.
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