Todos os dias fazia aquele caminho.
Já conhecia cada pedra, cada curva, cada árvore, cada folha.
Ia e voltava. Todos os dias.
Cada manhã a resolução era grande.
Cada noite a frustração maior.
Naquele dia parou debaixo da árvore lilás. Olhou-a como da primeira vez e colheu os seus frutos.
No dia seguinte partiu com o cantil cheio. Quando a noite lhe indicou o caminho de casa o cantil continuava cheio.
Mas nessa noite não voltou, deixou-se ficar e esperou.
Quando ela saiu estendeu-lho, um perfume inebriante saía daquele liquido lilás, disse-lhe:
- Ouve-me…
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