O luar brilhava por entre as árvores despidas.
O caminho era longo, pelos carreiros da floresta escura.
Caminhava de cabeça baixa para não ter que procurar.
Deixava-se levar como um sonâmbulo, naquela dormência própria de quem não sente as horas.
Não lhe interessava conhecer o destino, apenas sabia que não podia parar.
Um corvo tapou, por instantes, a luz da lua.
Parou então. Olhou para o alto. Viu o vento que passava por ali.
Sentou-se nas folhas mortas que atapetavam o chão.
Viu que os lobos se aproximavam sorrateiros, com os olhos brilhando no escuro, vigiando os seus movimentos.
Aproximaram-se cautelosos.
Sentaram-se a seu lado.
Um longo uivo soou então.
A lua tornou-se mais luminosa. As árvores afastaram-se e a noite ficou mais clara.
Naquele instante percebeu quem era e o que fazia ali.
E seguiu o seu caminho…
1 comentário:
Ena, os Mew...há quanto tempo não ouvia isto...
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