Dentro de algumas cidades há almas sangrando, almas que não se vêem, mas que se pressentem, que se assomam quando queremos ver para além do óbvio, que deixam que nos enleemos se estivermos abertos a isso, que nos presenteiam com todo o seu esplendor se para tal estivermos preparados.
São raras as cidades assim, mas existem. E, nessas que se assim se nos apresentam, há uma que é mais evidente. Basta passearmos nas suas ruas de alma descoberta, basta sabermos levantar os olhos e ver para além das ruas, das casas, das pessoas. Saber olhá-la nos olhos e sobretudo ver para além deles.
É assim Barcelona.
É assim que vem em muitos dos livros que a descrevem, que a mostram, que a descobrem, como este que aqui vos mostro.
Mas é assim, sobretudo, para quem lá chega e se deixa inundar pelos seus mistérios e maravilhas.
São assim as cidades sem tempo…
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