quinta-feira, 28 de maio de 2009
Sete-Rios
Quando era miúdo era um dos meus passeios favoritos. Adorava deambular pelas suas ruas, espreitar a aldeia dos macacos, correr pelos caminhos que me iam mostrando tantos animais divertidos, assustadores, selvagens, perigosos. Espreitar os leões ao longe, no seu recinto que me parecia imponente. Dar a moeda de 5 tostões ao elefante e deliciar-me quando ele tocava a sineta. Na altura não reparava que alguns deles, daqueles animais perigosos e selvagens, estavam atrás de grades o que, apesar disso, não lhes tirava a aparência dura e forte, mas lhes tirava alguma dignidade. De qualquer forma eram sempre tardes divertidas, que começavam no lago da entrada, com uma viagem nas gaivotas.
Tenho lá voltado várias vezes, aliás, para os meus filhos, é, igualmente, um dos passeios favoritos. O Jardim está hoje mais agradável, tem outras ofertas, tem novos animais, tem maior animação, mas creio que o realce vai, apesar das grades e da necessária prisão dos animais, para um sincero sentimento de liberdade, de descoberta, uma sensação única, como que uma selva domesticada, um jardim suspenso no meio do bulício da cidade, essa sim uma espécie de nova selva, onde os animais perigosos andam à solta e os predadores são, verdadeiramente, selvagens.
O Zoo de Lisboa faz hoje 125 anos. Muitos parabéns e muitos, mais, anos de vida!
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