terça-feira, 19 de maio de 2009
O Portugal dos pequeninos
Somos pequeninos!
Andamos sempre atrasados em relação ao que se passa no resto da Europa. Mantemo-nos sempre nas caudas de todas as taxas que marcam alguma positividade, olhamos sempre para cima quando procuramos os caminhos por onde passa a excelência.
Uma vez por outra lá conseguimos erguer a cabeça, quando algum conterrâneo dá um salto e se mostra ao mundo. Mas isso não é sinónimo de grandeza, será, aliás, sinónimo de maior pequenez, já que nos contentamos com um feito desgarrado e esquecemos a pequenez que nos continua a marcar constantemente. Creio que era preferível não ter nenhum super-homem ou mulher-maravilha e conseguir que a mediania fosse elevada, que o comum fosse medido pela bitola alta. Mas, normalmente, fechamos os olhos e deixamos que os que se distinguem corram lá para fora e nós por cá todos bem, na mesma modorra medíocre, até chegar outro alguém que nos eleve o orgulho nacional, mesmo que por breves instantes, como tem sido norma.
Ainda hoje corre esta notícia por todos os jornais cá da terra:
«Professora suspensa pela forma como falou de sexo
Numa aula de História, uma docente da Escola Básica 2-3 Sá Couto, de Espinho, fala de modo grosseiro sobre virgindade com alunos de 12 e 13 anos. O discurso está numa gravação e originou uma queixa-crime por parte dos pais. »
A mim não me choca que se fale de sexo numa sala de aula, aliás acho que as aulas de educação sexual, devidamente enquadradas, são uma necessidade. Para o caso o que mais me interessa é que a senhora professora afirma que estudou muitos mais anos que a mãe duma das alunas em causa e que esta, se se lhe quiser dirigir, terá que usar a expressão SENHORA DOUTORA! Isto sim, confirma, de forma singular, a pequenez que nos tem vindo a caracterizar!
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