quarta-feira, 20 de maio de 2009
Insert coin
Custa-me aceitar que os livros sejam tratados como meros objectos comerciais.
Sou daqueles que acreditam que os livros, pelo menos na sua maioria, transportam consigo parte da alma de quem os escreveu e que, com um bocadinho de sorte, integrarão a alma de quem os lê e de quem se deixou enlear por palavras que acarretam sonhos, desejos, fantasias, enamoramentos que só os, verdadeiros, livros nos conseguem transmitir.
Por isso creio que devemos tratar os livros como objectos de carinho, de quase culto até. É-me difícil vê-los nas prateleiras dos hipermercados ao lado das alfaces, ou dos tampões. Mas, por paradoxal que possa parecer, apesar dessa dificuldade, acredito que esses pontos de venda têm contribuído para uma maior divulgação do prazer de ler, pelo menos fazem chegar as letras àquelas pessoas que não as costumam visitar onde elas devem estar.
É só por isso que vejo com algum agrado, comedido é certo, estas novas máquinas que a Leya agora inventou para a sua colecção BIS de livros de bolso. Não são bonitas e os livros não são snacks, nem coca-colas, mas pode ser que alguém meta a moeda na ranhura e lhe saia um Saramago, ou um Lobo Antunes, ou até mesmo um Le Carré e seja tentado a lê-los e a perceber que o prazer de ler não é efémero!
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1 comentário:
Tb fiquei chocada...
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