- Gosto quando o vento me bate no rosto e sinto os cabelos a soltarem-se ao seu sabor.
De olhos fechados entrou no carro e deixou-se ficar, queda, esperando pelo momento.
Quando o motor começou a ronronar, abriu a janela e abriu os olhos. Viu o sol por entre as nuvens, sentiu o vento a saudá-la.
Quando o carro começou a andar, devagar, um sorriso desenhou-se no seu rosto.
À medida que a velocidade aumentava sentiu o corpo a soltar-se e a vaguear por entre as árvores.
Conseguia voar. Tinha sido assim toda a sua vida…
O banco de trás elevava-se a alturas gigantescas. E ela deixava-se levar naquela estrada sem fim, mesmo sabendo que o banco da frente estava vazio.
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