sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
histórias de Rosa Branca
XXI
Naquela manhã o céu era de cobre. Pesado, escuro, mas também colorido. Havia tensão no ar. Quase se podia senti-la queimando os membros, obrigando-os a esforços complementares.
Zacarias abeirou-se da janela do seu quarto. Abriu e inspirou profundamente. O cheiro a terra molhada era das melhores sensações que alguma vez tinha experimentado. O estranho da situação era o facto de não chover há várias semanas.
A sua cidade estava quieta, os seus habitantes, como de costume, mantinham-se mudos e quedos, como seria de esperar. Zacarias preparou-se para fazer a sua habitual ronda matinal. Passava, desde sempre, uma minuciosa revista a todas as ruelas, a todos os caminhos, pedras e a eventuais almas que não conseguiam descanso. E algumas tinha encontrado ao longo dos anos.
Naquela manhã, em que o céu tinha uma tonalidade estranha e em que a terra estava molhada sem chuva, Zacarias sabia que algo importante iria acontecer. Foi por isso com naturalidade que encarou com o Velho e o ouviu sem se surpreender…
(continuará)
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2 comentários:
Este blog é muito bom, à excepção do golo do Saviola, tem conteúdo e coisas interessantes para ver. Já estou farto de futebol até à ponta dos cabelos, prometo que vou mudar de assunto, sei falar de outras coisas.
Sim, também há muitos espécimes perigosos na nossa família sportinguista, Nazis e tudo, nada recomendáveis. Mas a ideia do texto era apontar baterias ao nosso rival de estimação.
Bom fim de semana (menos no capítulo desportivo)
Eu também visito os Traços Gerais assiduamente e gosto bastante.
Volte sempre, será muito bem-vindo.
Obrigado pela sua opinião.
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