Gostava de se sentar à sombra daquela velha árvore.
Por ali o tempo demorava mais a passar, os dias corriam lentos e mesmo quando o Inverno mandava, o sol ficava sempre mais um bocadinho, como se tivesse relutância em abandonar aquele local.
Era nesses dias infindáveis que ele mais gostava de se demorar.
Arrumava-se então. Ficava muito quieto e deixava que o calor se apoderasse dele.
Fechava os olhos e abria a mente.
As imagens não demoravam a chegar e ele embarcava, gostosamente, naquela viagem, em cada nova viagem. Ganhando cada vez maior confiança, saboreando aquela certeza de que, mesmo não saindo do mesmo lugar, visitava todo um mundo.
E de cada vez que sentava junto aquela árvore sorria e na sua mente surgiam as palavras mágicas: eu consigo lembrar-me!
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