Caíam por todo o lado, desfaziam-se como castelos de cartas,
aqueles outrora imponentes edifícios, aquelas estruturas que tinham sido
construídas para durarem eternidades, pareciam agora meras folhas de papel que,
com uma qualquer brisa, facilmente abanavam. Mas não era apenas uma brisa, era
um vento traiçoeiro que as fustigava sem dó nem piedade e a nós também. Pudemos
então voar finalmente e deixar para trás aquela noção que sempre tivéramos que
a vida é feita com os pés bem assentes no chão. Não, não é, afinal é nas asas
do sonho que devemos ir.
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