quinta-feira, 6 de maio de 2010

(...) - 23

(...)Vou ligar a minha música outra vez. Escolho um vinil que ainda guardo com um carinho desmesurado.
É quase um ritual. Escolho o disco. Olho a capa e a contra-capa. Leio o que diz e delicio-me com a ilustração que traz consigo. Depois retiro o disco com cuidado. Tiro a capa de plástico que o protege e com o indicador espetado no pequeno buraco central, seguro-o bem para que a outra mão o limpe com esmero, com a flanela apropriada, retirando todas as partículas de poeira que o cobrem.
Depois abro a tampa do gira-discos e coloco-o com mil cuidados no prato. Limpo a agulha com a pequena escova e ponho o braço sobre a primeira estria.
A música começa logo a seguir.
Não há som como o do vinil.
Embalo-me com aquele disco que me acompanha há décadas. Sei as músicas de cor. As do lado A e as do lado B. Dá-me um gozo especial.
(...)

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