sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Buraco sem fundo


Salvemos os bancos, baixemo-nos sob as empresas de rating, curvemo-nos perante a Europa e continuemos a desbravar Portugal. Parece ser esse o lema das actuais medidas de austeridade (e de tantas outras que já foram tomadas anteriormente).
Já, por milhares de vezes, todos nos perguntámos onde foram parar todos os fundos de coesão que recebemos, para onde foi o dinheiro que deveria servir para nos tornarmos europeus? Aparentemente ninguém sabe, e, calculo, os que sabem não vão dizer, nem mesmo quando a terra os comer.
Eu, que pouco percebo de questões económicas e financeiras, e como eu a maioria dos portugueses, sabemos que muitos erros foram cometidos e que os erros até se podem perdoar, mas também desconfiamos que muita fraude e falcatruas várias foram, amiúde, inventadas e isso não deve ter perdão. Mas, como no nosso pobre país nada tem conclusão, nunca saberemos o que se passou e como se passou e por isso estamos condenados a este inferno que vivemos e ao pior que nos preparamos para viver.
É que, creio, nem os bem-intencionados, e deve haver alguns, conseguirão fazer nada perante o gigantismo das asneiras e maldades que foram cometidas durante tantos anos.
E o maior problema disto tudo é que não há luz no fundo do túnel. Mais, não há saída do túnel e o pior é que já nos devem ter tapado a entrada também.

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