Andam para aí uns quantos defensores das liberdades a dizer que o Mário Crespo foi censurado, que a Manela foi corrida, que o José Manuel Fernandes foi silenciado, que o Sócrates é um monstro do pior, porque assim que pensa que alguém lhe fará sombra vá de correr come ele.
Amigos meus, nenhum desses senhores foi silenciado.
Continuam por aí a dizer todo o género de patetices, no que estão no seu pleno direito.
Nenhum destes senhores foi calado, aliás o Crespo, que tanto se encrespinha, já deu a conhecer o texto, que não publicou no JN, a tudo quanto é gente, até, estou convencido, ao Winnie the Pooh, por isso não me venham com essa treta de que temos que ser pela liberdade e que nos devemos manifestar em frente à AR, senão o Sócrates, que é uma espécie de lobo mau, ainda papa todos estes capuchinhos, pouco vermelhos é certo, e depois, neste nosso belo país, não nos deixam exprimir aquilo que sentimos.
Mas alguém, desde que o Marcelo foi para a Madeira, deixou de dizer o que bem lhe apetece? Às vezes bem que podiam estar caladinhos, era uma benesse que davam aos ouvidos e neurónios dos seus compatriotas que, mesmo sem se aperceberem, já estão fartos de tanta parvoíce.
Porque não se preocupam, todos esses arautos da liberdade, em conseguirem empregos para os desempregados, em conseguirem comida para os esfomeados, em conseguirem cuidados de saúde para os doentes que não tem onde cair, escolas para os iletrados (e são tantos neste país), etc., etc., e se deixam de desfiles, manifs que, pelo amor de Deus, não farão diferença nenhuma na vida real de milhões de portugueses que se estão a marimbar no Crespo, na Guedes e quejandos e só querem comer ao fim do dia.
Porra já chega de diversão, de lutas comezinhas, de parvoíces de quem não tem mais nada para fazer do que coçar as partes baixas.
Ou então arriscamo-nos, MESMO, a que este país não seja mais do que, de facto, uma parte baixa e ainda por cima doente!
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