Levantou-se de manhã bem cedo. O dia nascia bonito.
Uma leve bruma elevava-se calmamente. No entanto, ao longe, o Sol já espreitava.
Assomou à janela e viu que o verde primaveril já cobria toda a vizinhança.
Sabia que daí para a frente nada podia ser como dantes. Não que soubesse o que aí vinha. Não conseguia adivinhar o futuro, mas tinha a forte convicção que iria brilhar no escuro alguma espécie de esperança.
Aliás, sentia-a já.
Saiu para rua, mesmo antes de se vestir. Caminhou lentamente pela vereda que circundava a sua casa.
Olhou a árvore mais próxima e ouviu o chilreio do pássaro que, nos últimos dias, se tinha afadigado tanto a construir o ninho que se via, agora, lá cima. Imponente, quase um palácio.
Foi então que sentiu um leve ruído nas suas costas. Virou-se lentamente e viu quem vinha chegando.
Um sorriso abriu-se de par em par, com um brilhozinho nos olhos…
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