Caminho devagar, deixando que a luz da lua me banhe a memória e me ilumine, docemente, cada recordação que vai descendo, devagar, pelo silêncio que me rodeia.
O momento não é eterno, é mais efémero que um vento que já passou. Mas como tal, fica o seu sabor espalhado pela brisa que nunca desaparece.
Compraz-me saber que, afinal, o mundo não é daqueles que o governam, mas dos outros, dos que sabem e conseguem sonhar e ver para além do óbvio, mesmo que mais ninguém o saiba, mesmo que poucos acreditem.
É essa a herança que devemos passar.
Um breve passeio à luz do luar, por entres caminhos de terra, rodeados de árvores frondosas, onde se guardam todos os segredos do mundo e que só quem acredita poderá conhecer.
E o vento há-de soprar para aqueles que já lhe viram alma.
Só isso restará, depois do dilúvio…
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