Da Agência Lusa:
«Lisboa, 30 Mai (Lusa) - Cerca de 10.000 vítimas mortais, 1.600 feridos graves e mais de 273 mil pessoas desalojadas, seria este o trágico balanço no caso de um terramoto na região de Lisboa, segundo o Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS AML CL) a que a Lusa teve acesso.(...)»
Não percebo o objectivo desta notícia!!!!
É para distrair as pessoas do constante aumento do preço dos combustíveis?
É para nos consciencializarmos de que somos muito menos que os chineses?
É porque o jornalista não tinha mais nada para fazer?
É para que as pessoas abandonem rapidamente a AM Lisboa?
É para que haja prevenção? Mas como? Como é que o cidadão comum (e até mesmo o incomum) pode obstar a uma situação destas?
Parece-me que este é um exemplo acabado de uma não noticia! Ou então sou mesmo eu que não percebo nada disto!!!
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Religião à parte...
No JN de hoje:
«(...)O procedimento disciplinar que a UEFA fez chegar ao F. C. Porto aponta para a exclusão do tricampeão português da próxima Liga dos Campeões, soube o JN junto de fontes próximas do órgão que tutela o futebol europeu.(...)»
Ora, e como gosta de dizer o sábio povo português, ainda não sabem da missa a metade, ou de outra forma, ainda a procissão vai no adro!
De qualquer das maneiras, quer parecer-me que este assunto não anda lá muito católico!
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Brincadeira de mau gosto!
Quem é este tão propalado mercado, que insiste em provocar o aumento do preço dos combustíveis?
Que entidade tão misteriosa será esta? Sem cara, sem voz, sem aparência! Dir-se-ia uma espécie de fantasma mau que não pára de nos atormentar a vida!!!
Quase todas as cabeças pensantes e vozes falantes que nos esclarecem sobre os referidos aumentos, culpam exactamente o tal mercado por estes custos tão galopantemente crescentes.
Então e a ASAE, ou a PJ, ou até a PSP ou mesmo a GNR, não o conseguem apanhar, não o conseguem aprisionar?
Estou cá desconfiado que deve ser espanhol! Por lá não faz ele tanto dano, agora por aqui!! E é bom não esquecer, como o diz o velho ditado, De Espanha nem bom tornado, nem bom mercado, ou lá o que é!
Eu, por mim, se o vir por aí, agarra-o de imediato e fecho-o numa cela semi-obscura e cheia de espelhos, até conseguir que ele se assuste consigo próprio! Talvez nos deixe em paz definitivamente! Era cá um sossego!
O Senhor Pombo
Parece-me cada vez mais claro que, à medida que avançamos na idade e que os nossos filhos começam a crescer, projectamos neles, de alguma forma, os nossos gostos e desejos, a nossa maneira de ser e os nossos valores. Às vezes de forma feliz, outras de maneiras, talvez, menos próprias. No essencial acho que os devemos deixar crescer à solta, devidamente acompanhados e suavemente guiados, para que os dias que por aí vêm lhes sejam mais leves, mais sorridentes, para que o seu futuro lhes seja, minimamente agradável, desejavelmente feliz.
Cada sorriso seu aquece-nos a alma, cada palavra bonita que nos dão faz-nos sentir maiores, cada carícia que nos oferecem enche-nos de sol.
E todas estas coisas podem surgir das mais inesperadas maneiras, das formas mais sui generis, nos momentos menos previsíveis.
Aconteceu ontem um desses instantes.
Ao ser perguntado sobre a minha banda de música preferida, resolvi mostrar um dvd onde Neil Hannon e os Divine Comedy, nos deliciam com uma das músicas do seu penúltimo disco, Come Home Billy Bird! Foi um entusiasmo imediato. A canção ficou em repeat durante largos minutos, passou quase até à exaustão. Os meus pequenos dançavam e tentavam acompanhar a letra. Foi um momento muito rico, bonito, tocante.
O Senhor Pombo tornou-nos, ainda, mais próximos!!!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
EU NÃO VOU!!!
A mim parece-me um festival fantasma! Quero dizer,a música, as bandas, o espírito festivaleiro, que, normalmente, deviam estar associados a este tipo de eventos, não rondam sequer o Parque da Bela Vista. Quem lá vai, vai para ser visto, para ser mais um a dizer que EU FUI, com um sorriso idiota a bailar-lhe nos lábios. E não vai, certamente, para ouvir aqueles que lá vão tocar, até porque, com o alinhamento deste ano, só me resta gabar a infinita paciência daqueles que lá só vão pela música!!! Lenny Kravitz??? Paulo Gonzo??? Bon Jovi??? Rod Stewart??? Metallica??? Pelo amor do deuses da música, que estopada!!! E atenção que estes são cabeças de cartaz!!! Depois temos alguns outros que até se ouvem bem, mas perder tempo em enxurradas de carneirada para ver aquilo?
A sério, a sério, até acho muito bem que se faça o Rock in Rio Lisboa, é mais uma maneira de alguns eleitos gastarem umas horitas do seu tempo a pensar que são felizes. Mas também as podiam passar no Jardim Zoológico, numa qualquer discoteca in de Lisboa, a curtir uns copos debaixo da ponte sobre o Tejo, a ver as meninas e/ou os meninos passarem ali por Santos, ou simplesmente a ver uma qualquer novela da TVI.
Eu cá nunca fui e não irei outra vez este ano. Sou um não crente nestes novos deuses de eventos sociais mascarados de festivais musicais! Um desafinado é o que é!
Mas com o dizia um conterrâneo do Medina in Rio, no peito dos desafinados também bate um coração!
Ciao Speciale Uno
Ódios de Estimação (9)
terça-feira, 27 de maio de 2008
Vale mais tarde ou nunca??
No Expresso online:
«Austrália
Homem é "perdoado" 86 anos depois de ser enforcado
Colin Ross foi condenado à morte em 1922 acusado de ter violado e morto uma criança de doze anos. Hoje o governador do estado de Vitória desacreditou as provas utilizadas e decretou o perdão.»
E agora? Será que o conseguem ressuscitar???
A ilusão à janela
Já começam a aparecer novamente por aí. A exemplo do que se passou em 2004 e 2006, as janelas começam a engalanar-se com bandeiras. Eu próprio irei, quase de certeza, associar-me a esta salutar demência colectiva que percorre o país inteiro por alturas das grandes competições internacionais de futebol.
É com algum gosto que o faço, com alguma vontade de estar a contribuir, ainda que muito modestamente, para que a selecção de futebol possa ter algum tipo de êxito. Por aí não me parece que venha mal ao mundo. Uma dose, comedida, de patriotismo futeboleiro não fica mal a ninguém. O que me preocupa no entanto, é que toda a gente que alinha nesta euforia do pontapé na bola, pondo bandeiras à janela, assistindo a todos os jogos pela televisão, parando tudo por 90 minutos de sonho e ilusão, chegue rápida e obviamente à conclusão de que tudo não passa de um jogo de futebol. E que o país não progrediu nem um milímetro, a gasolina não baixou, os impostos não desceram, os pobres continuam pobres, os pedófilos continuam por aí, o dinheiro teima em não chegar e que afinal o futebol não trouxe nada de novo. Mesmo que tenha alegrado as gentes por breves instantes, a selecção não resolveu os seus problemas e depois, quando recolhermos as bandeiras que estendemos nas janelas, o que nos vai alegrar?
Growing Up
E de repente lá vem ele outra vez!
Surge no meio da multidão, olha em volta e abre os braços. Agarra um sorriso e deixa a música sair. Solta-se em mil pedaços por sobre toda aquela gente que o ouve com uma solenidade feliz.
É assim aquela figura. Única e irrepetível. Tal como as suas canções. Tal como as palavras que acompanham aquelas músicas imortais.
Tal como aquelas gargantas sorridentes que lhe acompanham as emoções, repetindo cada nota, entoando cada palavra, vibrando a cada novo som, saboreando cada momento.
Nada é maior naquele instante, ninguém mais consegue aquela comunhão. Assim vamos tomando consciência do que somos. Assim vamos crescendo!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Tintin: arte moderna!
Foi esta a prancha original que Fanny Rodwell, viúva de Hergé, ofereceu ao Museu de Arte Moderna do Centro Georges Pompidou, em Beaubourg, Paris. Esta prancha, a nº12 do álbum L'Affaire Tournesol, é o primeiro original de banda desenhada a ser exposto num museu dedicado à arte moderna.
Mais uma vez Hergé e Tintin se encontram na vanguarda!!!
Os Trintões de há 20 vinte anos...
Sabemos que a vida quotidiana não é aquela que vemos no cinema, nem sequer na televisão!
Sabemos que os sentimentos, desejos e emoções que nos passam diariamente pelo corpo e pela mente, não se coadunam, necessariamente, com aquilo que realizadores e argumentistas nos querem mostrar nas suas fitas.
Sabemos que as histórias que nos acontecem diariamente, não dariam para fazer um filme.
Mas, quantas vezes ao olharmos para o ecrã, para aquilo que alguns actores dizem e fazem, nos pomos a pensar que podia ter acontecido connosco.
Quantas vezes, ao vermos algumas cenas, nos sentimos marcados, nos sentimos emocionados e, mesmo nada tendo, aparentemente, a ver com a nossa vida, cremos que fazem todo o sentido e nos ajudam, senão no imediato, pelo menos na reflexão, na chamada de atenção, na resolução de conflitos interiores, de maior ou menor dimensão.
Não passam de imagens filmadas, de vidas fictícias, de histórias imaginadas, mas são igualmente momentos intensos que nos transmitem dores, alegrias, risos e lágrimas, são histórias de faz de conta, mas contam-nos muito sobre as pessoas, sobre aquilo que são, sobre o que esperam e acolhem, sobre o que vivem e escolhem, sobre aquilo que, no fundo, é o nosso dia a dia.
Há várias séries de televisão que o fazem na perfeição. É possível, hoje em dia, ligar o televisor e quase todos os dias assistir a momentos assim.
Houve uma, no entanto, que o fez melhor ainda. Hoje estará marcada pelo tempo, datada nas roupas, nos ideais, nas próprias idades. Os Trintões estarão, hoje, muito perto dos cinquenta, mas as suas memórias, aquilo que nos quiseram e souberam transmitir mantém-se actual. Porque, apesar de serem novos tempos, estes que vivemos agora, as memórias fazem-nos sentir vivos e actuantes, mesmo que as verdades de hoje queiram desmentir aquilo que fomos e queremos continuar a ser!
Músicas...
Ontem, ao ouvir outras músicas que, aparentemente e só aparentemente, não tinham nenhuma ligação, lembrei-me dos anos 80. De músicas que me embalaram os sentidos nesses anos. De sons novos, mas, ao mesmo tempo, com uma ancestralidade própria de muitos caminhos percorridos, de muitas histórias feitas. Sons que me chegavam do interior da terra, de um país que é o nosso. Sons refeitos, com outras roupas, mas cheirando ao cheiro da terra molhada, dos campos ensolarados, das novidades que, afinal, nos são tão próximas, tão chegadas, tão nossas conhecidas!
Dessas tão doces e marcantes melodias me relembrei ontem, me chegaram outra vez, fazendo com que um sorriso de lembrança me aflorasse os lábios e uma suave recordação me voltasse a percorrer os sentidos.
Falo de António Pinho Vargas, do seu quarteto, de José Nogueira, Mário e Pedro Barreiros e dos seus discos imortais de 83, 85 e 87: Outros Lugares, Cores e Aromas e As Folhas Novas Mudam de Cor. Falo de músicas e de espectáculos que vi. Falo de emoções únicas, de sentidos à flor da pele. Falo daquilo que nos marca e que nunca nos deixa. Daquilo que vale a pena, mesmo que, por vezes, pareça adormecido, numa lenta, mas doce, hibernação.
Ódios de Estimação (7)
Os bons livros são sempre de auto-ajuda!
Os livros que nos acrescentam nunca são light!
A literatura que merece esse epíteto, nunca apela ao comezinho, ao facilitismo, à banha da cobra!
A boa literatura vive-se, come-se, entranha-se!
A boa literatura faz-nos sonhar, não nos dá sonhos alheios!
E não precisa de ser best-seller!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Bouquet
Mário Zambujal
Não é um dos nomes mais badalados das letras portuguesas. Não tem obra traduzida em inúmeras línguas. Não ganhou o Nobel. Não faz parte de algum panteão dos vultos literários do nosso tempo. Mas é, sem dúvida, daqueles escritores que têm prazer no que escrevem e tanto mais notório é, que tal se reflecte, claramente, no prazer que temos ao ler os seus escritos. Livros como A Crónica dos Bons Malandros, Histórias do Fim da Rua, À Noite Logo Se Vê , ou o mais recente Primeiro as Senhoras, passam-nos um enorme gozo de escrita. São histórias que nos fazem sorrir e nos deixam uma grande vontade de lá voltar de quando em vez.
Mário Zambujal surge agora com mais uma das suas deliciosas histórias, Já Não Se Escrevem Cartas de Amor. Ainda não o li mas, tenho a certeza, vou gostar!!
Sobretudo porque, como diz o autor ao JN de hoje:
«(...) Sempre achei a liberdade de escrever uma coisa fabulosa. Mas mais fabuloso ainda é a liberdade de não escrever. Os livros que escrevi deram-me prazer. E lancei-os na convicção de que também daria alguma coisa às pessoas. Não penso que sejam livros de grande significado intelectual. Mas gosto que as pessoas acabem de ler e digam "gostei disto". Essa é também a minha grande satisfação.(...)»
Amigo Mário, EU GOSTO DISTO!!!
Museu Hergé
Há pouco mais de um ano foi lançada a primeira pedra do Museu Hergé. As obras estão agora a decorrer em bom ritmo. Tudo se apresta para que o Museu seja uma realidade dentro dos prazos previstos. Ontem foi realizada uma visita promovida pelos Studios Hergé e para a qual foram convidadas as várias associações tintinófilas, entre as quais esteve representada a nossa associação portuguesa!
Ódios de Estimação (6)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
A final INGLESA!!!
Não! Esta final da Liga dos Campeões não é portuguesa, como muito boa imprensa nacional, desportiva e não só, quer dar a entender! É certo que há lá alguns jogadores originários do nosso país, mas isso não faz com que o jogo e a competição tenham algo a ver connosco enquanto país e que o nosso interesse nele seja maior do que o interesse por qualquer outra final desta competição. Tudo o resto é querer fugir para frente, é querer criar notícias onde elas não existem, é desejar garantir méritos onde eles nunca surgiram.
A final em questão é entre duas equipas inglesas, o que é sintomático quanto ao estado do futebol deste nosso velho continente. São inglesas porque, se há país onde o futebol é levado a sério, com profissionalismo e sem apitos coloridos, é exactamente aí, na velha pátria do futebol!
Portugal estará representado neste jogo, mas não como país! Calhou haver jogadores portugueses nestas equipas, mas também os há da Costa do Marfim, de França, da República Checa, da Alemanha, da Ucrânia, do País de Gales, da Argentina, da Holanda, da Sérvia, da Coreia do Sul, do Brasil, da China, da Nigéria, do Peru, de Itália, de Israel, de Espanha, da Irlanda e espero não ter falhado nenhum.
Por tudo isto, não vale a pena pormo-nos em bicos dos pés a não ser que tal seja necessário para se poder espreitar o jogo.
Já agora, no próximo mês sim. Aí estará uma equipa portuguesa em jogo e aí sim, devemos puxar dos galões, se a tal nos permitir o engenho e a arte!
A bela e a filha
Com o Festival de Cannes em pleno, num ano que, ao que me parece, está a correr muito bem, com a estreia de Blindness, a participação do último filme da saga Indiana Jones e, a mais que justa, palma de ouro a Manoel de Oliveira, apetece-me aqui homenagear dois dos maiores actores europeus de sempre. A, sempre bela, Catherine Deneuve e o brilhante Marcello Mastroianni!
Deixo então aqui esta bonita e terna imagem em que se pode ver a diva francesa com a sua filha Chiara, também ela filha de Marcello.
Hergé 101
Acaba hoje o ano centenário de Hergé. Amanhã, 22 de Maio, passam 101 anos do seu nascimento. No ano que passou, várias foram as comemorações, nos mais variados países, a partir dos mais diversos meios e suportes. Filmes de longa metragem, com realizadores tão célebres como Spielberg e Jackson, estão a ser feitos neste momento. Até por cá se fizeram exposições, conferências, vários artigos de jornais, rádio e televisão.
O que importa, contundo, é que a sua obra se mantêm viva e imortal. Continua, felizmente, a fazer as delicias de miúdos e graúdos e por aí sim, se pode avaliar a sua grandeza e significado e a grande alegria e prazer que teima em fazer passar a todos os que nela se deixam mergulhar! Eu, por mim, irei continuar, sempre, a deliciar-me com as Aventuras de Tintin e dos seus companheiros.
Ódios de Estimação (5)
terça-feira, 20 de maio de 2008
Sem pés nem cabeça!
Nostalgias à chuva
Lembro-me de, em criança, nos dias como o de hoje, cinzentos com a chuva miudinha a molhar tudo lá fora, ficar em casa, a olhá-la pela janela, vê-la encharcar tudo em redor e pensar no que fazer, sem televisão para ver; porque à tarde só se viam as aulas da tele-escola; sem amigos para brincar, porque todos estavam nas respectivas casas evitando assim uma constipação arreliadora. E eu ficava ali olhando, esperando o tempo passar, ouvindo no rádio a onda-média do Rádio Clube ou da Emissora Nacional e depois, inevitavelmente, pegava num livro. Num dos Cinco, ou nalgum Tintin ou Astérix, que me faziam maravilhas e deixava-me levar para aqueles mundos fantásticos, que me absorviam todos os sentidos e me transportavam para lá da chuva, da janela, daquela casa onde me sentia seguro.
Sinto hoje alguma nostalgia desse tempo, sobretudo desses lugares onde aprendi a viver histórias boas, reconfortantes, das lutas imaginárias, dos medos próprios da idade, das interrogações que, apesar de tudo, sempre surgiam.
Dias como este, com a chuvinha a molhar-nos os sentidos, fazem-me, por momentos, revisitar esses lugares quase perdidos na minha memória e fazem-me sorrir, não com vontade de lá voltar, mas com a certeza de que os mantenho vivos dentro de mim.
Cartoons
As constantes subidas dos preços dos combustíveis atingem-nos, a todos, de formas cada vez mais contundentes!
A tal propósito deixo aqui um cartoon pensado e executado pelo traço magnifico de Henrique Monteiro, que no seu próprio blog nos oferece vários outros desenhos, acutilantes e extremamente bem conseguidos!
Ódios de Estimação (3)
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Sem miaus mas com muita piada!!!
Gosto bastante dos Gato Fedorento, mas confesso que já estou um bocadinho farto de tanto miado inconsequente e sem graça, sobretudo esta campanha da MEO que, perdoe-se-me a franqueza, não tem piadinha nenhuma! Creio que o seu retiro, anunciado há algum tempo mas nunca concretizado, teria sido muito útil e não lhes desgastaria tanto a imagem. Já muito boa gente incorreu nesse pecado e parece-me que os amigos gatos não lhe ousaram escapar. Ainda por cima consegui ver ontem um bom bocado dos Contemporâneos na RTP1 e dei por mim a rir com uma vontade que nunca nenhum miado me tinha conseguido transmitir. Será que o humor televisivo conseguiu renovar-se sem recurso a felinas tropelias? Esperemos pelos próximos capítulos.
Decidam-se!!
Banda Sonora (50)
A banda sonora de uma vida nunca está concluída! Mesmo quando essa vida, inevitavelmente, chega a um fim, a música que a acompanhou permanece como que perpetuando um gosto, um prazer, uma enorme quantidade de momentos bons que foram partilhados e que tiveram sons que os acompanharam. Essas músicas ficarão como herança ou legado, como continuação de uma vida que apesar da sua finitude, se pode manter infinita nesse desejo de partilha.
Esta banda sonora pára hoje por aqui, mas, seguindo a lógica atrás enunciada, não cessa de crescer, de ser acrescentada.
Neste fim temporário deixo a minha banda de eleição, acrescentando que uma banda sonora definitiva teria que incluir todas as sua músicas. Acabo com uma das suas canções mais expressivamente bonitas, que tem, no seu último verso, uma verdade insofismável e como tal uma evidência que, só por sê-lo, não deve, nunca, deixar de ser afirmada: «...This life is the best we’ve ever had»!
Nome: Tonight We Fly (Promenade)
Autor: The Divine Comedy
Ano: 1994
Génio? Ou apenas tolo?
Penso muitas vezes que este blogue mais não é que um simples exercício masturbatório! Aliás, como quase todos são.
Como tal é destinado ao auto prazer, íntimo, mas, ao mesmo tempo, com vontade de partilha. Algo exibicionista, quase perverso!
Na verdade não sei se é bem assim! Que me dá muito prazer é certo. Se é visto por outros não sei. Quer dizer, até sei, pelo menos é o que me diz o counter ali do lado. Mas é visto por outros que se mantêm calados, que o vão vendo silenciosamente.
Será respeitoso esse silêncio? Será desdenhoso? Isso é que, definitivamente, não sei. E, a sério, não me interessa muito! Normalmente, os génios só são reconhecidos depois de desaparecerem!
Como tal é destinado ao auto prazer, íntimo, mas, ao mesmo tempo, com vontade de partilha. Algo exibicionista, quase perverso!
Na verdade não sei se é bem assim! Que me dá muito prazer é certo. Se é visto por outros não sei. Quer dizer, até sei, pelo menos é o que me diz o counter ali do lado. Mas é visto por outros que se mantêm calados, que o vão vendo silenciosamente.
Será respeitoso esse silêncio? Será desdenhoso? Isso é que, definitivamente, não sei. E, a sério, não me interessa muito! Normalmente, os génios só são reconhecidos depois de desaparecerem!
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Ódios de Estimação(1)
Todos nós temos os nossos próprios e muito acarinhados ódios de estimação.
Nalguns casos a palavra ódio é demasiado forte, noutros peca por defeito.
O que é facto, é que todos rangemos os dentes perante tal pessoa ou situação. Fazemos má cara quando somos obrigados a ver aquele filme ou nos ficam a doer os tímpanos quando aquela música nos apanha desprevenidos.
Eu tenho passado quase todo o tempo, neste blogue, a falar daquilo que gosto, do que me dá prazer. Chegou pois a hora de afirmar aquilo que me irrita, me zanga, me enerva, aqueles pequenos ódios de estimação que mais não são que breves arrufos sem consequência assinalável, mas que me fazem, sem excepção, preferir não ter que os aturar!
Começo com este!
Provas de Aferição
Começaram hoje as provas de aferição para os alunos do 4º e 6º anos. Para muitos deles é a primeira vez que se deparam com exames deste tipo. Naturalmente estão assustados. Eu também fiquei depois de ter ouvido, na Antena 1, uma professora dizer mais ou menos isto: «... os termos usados nos livros, é termos que eles desconhecem...» e, acrescentou a senhora, «...cada prova tem 8 páginas, dos dois lados...»!!!???
quinta-feira, 15 de maio de 2008
E agora...
Leia e não Leya
A APEL não se entende com UEP. A Câmara de Lisboa não se entende com a APEL e com a UEP. O Grupo Leya não se entende com ninguém. E nós, aqueles que gostam de ler, que gostam de passear pelo Parque no meio dos livros, que sentem a Feira do Livro como sua, que gostam de cheirar os livros, de lhes pegar, dos os ver ali, à nossa espera, a sorrir para nós, a pedirem-nos para os levar, como ficamos?
Creio que a Feira do Livro é de todos nós, de Lisboa, dos seus habitantes, dos seus visitantes, daqueles que amam a cidade e sobretudo amam os livros e não devíamos ficar sujeitos a birras de editores, livreiros e pseudo editores agregados em grupos económicos desalmados que não sabem dignificar quem escreve, quem lê e quem quer construir uma melhor cultura para este país. Estamos, e não só aqui, cativos de um capitalismo desenfreado, mais que nunca cego e surdo aos interesses reais e justos das pessoas, um capitalismo sujo que se limita a impor as suas regras impessoais e cruéis a situações e locais onde nunca deveria ter entrado. O livro é cultura, é presença, é alma, é História e história, é necessidade, é vontade de crescer, de respirar, de viver, um livro não é, nunca foi e nunca será um cifrão.
Respeitem-nos senhores APEL, UEP, Leya! Respeitem quem ama e quer os livros e retirem-se da feira se assim quiserem, retirem-se da nossa vida, deixem ler quem quer, quem gosta, quem necessita de ler para a seu próprio crescimento interior, quem não se importa de pagar os preços estúpidos com que vocês querem impedir a leitura!
Acabem com a Feira do Livro tal como a imaginaram, mas deixem-na ser feita tal como nós dela precisamos, sem a vossa presença, mas com a presença dos livros que amamos!
E, já agora, gostava de dizer que o convite que a palavra leia me faz é, sinceramente, muito bem-vindo, mas também devo acrescentar que desconfio que a grafia Leya com Y, é propositadamente para nos fazer crer que não sabemos ler!!! Ou serão eles que não sabem escrever?
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Resumos resumidos
Quarteto Fantástico
Criaram um humor corrosivo, incómodo, politicamente incorrecto, às vezes insultuoso e até demente. Mas quase todos nós nos rimos com eles. Deliciámo-nos com os ditos e os feitos que aquele quarteto imprevisível nos ofereceu.
Nunca uma sitcom americana foi tão longe no sarcasmo, no egocentrismo, numa decadência propositadamente absoluta e risível!
Seinfeld acabou exactamente há 10 anos, mas ainda hoje nos é possível ir vendo e revendo os efeitos que aquele humor, sem paralelo, provocou.
Foi uma série incómoda, que nos prendeu sem contemplações, que nos fez sorrir com delírios tão absurdos que os julgávamos impossíveis, com um non sense tão ilimitado que, por isso mesmo, tanto mexeu connosco.
Foi diferente e foi deliciosa, incontornável para quem gosta de rir do absurdo! Afinal, daquilo com que é feito o dia a dia!
Fumemos pá!
terça-feira, 13 de maio de 2008
Proibido proibir?
Os anos 60 talvez tenham virado o mundo do avesso! Os valores até aí consagrados por todos, foram postos em causa. Novos caminhos, objectivos, visões e vontades começaram a surgir, imparáveis. O movimento hippie, a música, a difusão dos ácidos, a certeza da mudança, tornou esses tempos diferentes, novos, de ruptura. E houve, de facto, ruptura e mudança, o mundo virou-se ao contrário, cultural e socialmente nada ficou como dantes.
Há 40 anos Paris como que aglutinou e expandiu tudo o que os 60 quiseram dizer.
Há 40 anos os sonhos tomaram várias cores e muitos acreditaram.
Só que 40 anos são muitos anos e as mudanças que, efectivamente, aconteceram, deram lugar a novas ordens, novas vontades e novos objectivos. E eu, filho dos 60, estou em crer que o mundo voltou a virar-se do avesso e que, neste século XXI, as ilusões daqueles dias bateram contra muitos muros de betão que não nos deixam ver o sol.
De qualquer forma algo ficou por aqui e, felizmente, ainda há muita gente que se lembra de 60 e talvez um dia destes a utopia torne a tomar forma. Porque,na verdade, a procura da liberdade nunca há-de ter fim, mesmo que todos os moinhos de vento se ergam à nossa frente!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)