quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Para que as crianças possam sorrir (todos os dias)


Nos últimos dias tenho vindo a ouvir com frequência o último albúm dos The Divine Comedy, "Absent Friends" de seu nome.
Nos últimos posts tenho vindo, como é notório, a fazer várias referências aos meus pequenos.
E, aproveitando este quase fim de ano e uma música muito bonita que Neil Hannon dedicou à sua filha, vou deixar aqui um pequeno excerto desse excelente "Charmed Life", para eles e para todas as crianças do mundo; para que as vossas vidas possam ser boas e para que no(s) próximo(s) ano(s) não tenhamos que ouvir histórias sobre crianças que não tenham finais felizes, tal como todas elas merecem.

"(...)
Well sometimes this life is like being afloat
on a ranging sea in a little row-boat,
just trying not to be washed overboard.
But if you take your chances and you ride your luck,
and you never, never, never, never, never give up
those waves will see you safely to a friendly shore

When I hold you in my arms,
I know that this is a charmed life,
A charmed life"

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Boas Festas

O Natal é uma quadra que me agrada, desde pequeno que me agrada. Gosto do ambiente, gosto das luzes, das prendas, das comidas. Com o passar dos anos a magia apagou-se um pouco, mas lá no fundo sabe-me sempre bem o Natal, mesmo quando, como agora, parece ser apenas mais um dia feriado.
No entanto, quando vemos e ouvimos as gargalhadas dos pequeninos e descobrimos a sua cara de satisfação ao desembrulhar cada presente, volta-nos o doce sabor do Natal da nossa infância e neste que já passou aconteceu-me isso outra vez.
A minha infância agora reflecte-se na infância dos meus pequenos, por eles todos os Natais são bons, o Pai Natal existe mesmo e cada embrulho traz uma surpresa maravilhosa.
"Jingle bell, jingle bell, já não há papel, não faz mal, não faz mal, limpa-se ao jornal...", como gosta de cantar a minha menina. Gosto também de cantar com ela esta "heresia" natalícia.
Estas são, de facto, as boas festas!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Bada Sonora nº12


Da América, às vezes, também nos chegam coisas boas. A Dave Matthews Band é, claramente, uma delas. Descobri-os há uns anos, por acaso, e nem pelo facto de serem pouco difundidos por estas bandas, os deixei de acompanhar assiduamente. São uma autêntica banda de culto do outro lado do Atlântico e alguns privilegiados vêm ouvindo as suas músicas deste lado.

"(...) it's crazy i'm thinking,
just knowing that the world is round
here i'm dancing on the ground,
am I right side up or upside down,
is this real or am I dreaming(...)"

De Crush a #41, de If I Had it All a Up Up and Away e a tantas, tantas outras, DMB valem bem todas as audições que lhes possamos dispensar

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

As enormes vozes pequeninas

Na vida que vamos percorrendo subimos montanhas enormes e descemos vales profundos; enfrentamos tempestades e furacões e também temos dias de um sol brilhante.
E é tão doce quando há sorrisos que nos aquecem a alma; quando há gargalhadas que nos erguem até ao azul de um céu muito limpo.
Quando vozes pequeninas nos enchem os ouvidos das mais bonitas palavras que podem existir.
- Pápá! diz-me ele quando me beija a face e me faz uma festa no cabelo.
- Tu és o papá mais lindo! diz-me ela dando-me um abraço apertado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Leitura de sempre


A Terra Média é uma Terra onde o fantástico vive todos os dias, a cada minuto que passa. É uma Terra onde tudo parece possível, é uma Terra muito próxima da terra, das árvores, dos bosques e das grandes florestas, da natureza em todo o seu esplendor. A Terra Média é também um lugar onde encontramos os mais estranhos seres, desde os muito belos aos mais horrendos, dos muito amigáveis até ao mais malévolos.
A Terra Média é sobretudo local de encantamento, de aventura, de sonho até.
E é nela que existe o Shire, o último recanto onde a paz gosta, também ela, de descansar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Banda Sonora nº 11


Estou agora a ouvir uma música que me agrada bastante. Canta-se em inglês e o nome da banda é também ele inglês, mas os amigos são de Alcobaça e soam muito bem.
Creio que a melhor definição para a sua música está mesmo no seu nome, um autêntico GIFT que nos é oferecido com sonoridades que extravasam o mero bom gosto, são eles que dizem : "I did it for music, I did it for love, I did it for everyone around me", digo eu, continuem a fazê-lo!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Levanta-te e Ri !


Não, não vou fazer nenhuma stand up comedy, até porque tenho dúvidas que consiga fazer rir muita gente e depois também não acho piada à maior parte daqueles comediantes que fazem rir à custa dumas quantas parvoíces sem nexo e com terjeitos de Herman José em fim de carreira, que é, de facto, onde ele está.
Levanta-te e ri é, sobretudo, uma constatação de que aquilo que de mau nos assalta por vezes os dias, é tão efémero quanto os dias assaltados e que de cada vez que tropeçamos e caímos, outras tantas nos podemos levantar e evitar, ou pelo menos tentar, quedas futuras. E porque não conseguirmos rir das coisas que nos rodeiam e até de nós próprios, parece-me um bom remédio, às vezes dificil de encontrar mas, creio, com resultados garantidos. Então quando temos coisas e pessoas que nos encantam as horas, aproveitemo-las e façamos do nosso dia uma canção, um céu azul e um sol brilhante.
Como Neil Hannon nos diz em mais uma canção notável, das inúmeras que ele vem escrevendo :
"I'm too young to die..."
Isso sim, é a DIVINA COMÉDIA!!! Levantemo-nos pois e com sonoras gargalhadas, já agora!

Banda Sonora nº 10


A música portuguesa tem, nos últimos anos, conseguido chegar a patamares elevados em termos de novas sonoridades, de projectos inovadores, capazes de rivalizar com quaisquer outros vindos de qualquer ponto do globo. Hoje apeteceu-me recordar um projecto já com alguns anos e que, entretanto, já fechou em termos criativos, embora eu creia que o prazer que nos transmitiu e transmite não tenha acabado, muito longe disso.
Trovante era o seu nome e as suas canções são das melhores que a chamada música popular portuguesa nos ofereceu. O seu "trio maravilha", Represas, Faria e Gil continuam por aqui a cantar, a produzir, a compor, mas a sua fase Trovante foi, sem dúvida, a que melhores frutos musicais e poéticos nos ofereceu.

Com os Trovante nos disseram há que ter "saudades do futuro".

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Fita nº 3


Afinal os passarinhos ainda voam e o céu continua azul e há neve nos picos das montanhas.
E ouvem-se vozes de crianças que cantam alegremente.
Dizia Maria : "The hills are alive with the sound of music..." e não é que a senhora tinha razão!
Nada como um música bonita e paisagens solarengas para nos animarem os dias.
Deixemos pois que a familia Von Trapp nos traga alegrias e fujamos também dos nossos nazis!

Comemoração


Passam hoje 70 anos sobre a morte de Fernando Pessoa. Das muitas linhas que escreveu, dos muitos prazeres que nos deu, lhes estamos gratos.
De Álvaro Campos apenas um pequeno excerto, retirado do poema "Se te queres" :

"(...) Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamado homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma? (...)"

Fábulas Quotidianas

Estava eu a adormecer o meu filho, cantando-lhe umas canções de que ambos gostamos, quando, aparentemente vinda do nada, me surgiu aquela história da rã que tendo visto um boi desejou, imediatamente, ficar do seu tamanho. Então foi inchando, inchando, inchando até que ultrapassou o tamanho permitido e, obviamente, rebentou.
Apercebi-me também que conheço uma rã assim e que, ultimamente, anda muito, muito inchada.
Espero não estar perto dela quando o inevitável acontecer.

terça-feira, 29 de novembro de 2005

Banda Sonora nº 9


A importância de termos memória!
Se somos o que somos, muito o devemos aquilo que fomos vivendo, às coisas boas e más que fomos construindo, aos altos e baixos desta montanha russa que acaba sempre por ser a nossa vida.
Por isso as memórias são daquelas coisas que mais importância devem ter para nós, é com elas que nos vamos lembrando quem somos, é com elas que aprendemos, é com elas que vamos crescendo e se mais não fosse, são o nosso património, o único património a que podemos chamar verdadeiramente nosso!
Isto fez-me lembrar uma canção muito bonita, de uma banda a quem já fiz anteriormente referência, e que é uma referência também para mim.




Prefab Sprout - I Remember That:

"(...) Nothing sounds as good as
I Remember That,
Like a bolt out from the blue,
did you feel it too?
I Remember That (...)"

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

às vezes...

Na Terra do Nunca há meninos perdidos que se sentem felizes, brincam imenso, andam à vontade e convivem com fadas, com índios e com sereias. E lutam contra os piratas. Ah e conseguem voar.
Parece que afinal também é bom andar perdido, às vezes...

TV nº 2


Mais uma vez faço referência ao humor britânico. Que melhor remédio pode haver que conseguirmos rir de nós próprios?
Óptimo exemplo disso mesmo é a excelente série Couplings, Ligações em Portugal.
Com non sense eficaz, sexo e amor, trocadilhos fabulosos, actores do melhor e realizações soberbas, esta sitcom é do mais brilhante que se tem visto nas televisões.
Creio aliás que todos os esteriótipos sobre homens e mulheres e as suas relações, estão lá perfeitamente vincados. Não há nada a que não façam pontaria, e o mais incrível é que nos fazem rir e concordar com tudo o que dizem. E não falta a excentricidade, a ultrapassagem dos limites.
Será que somos mesmo assim?
Perhaps... perhaps... perhaps...

Revoluções ???

Hoje é dia 25 de Novembro. Há 30 anos que se desfez o sonho, para alguns, da República Popular de Portugal.
O que é estranho, ou nem tanto, é a manutenção de algumas práticas de origem estalinista.
Glória aos vencidos...

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Banda Sonora nº 8


Já exprimi aqui a minha admiração e o meu gosto pela música de Neil Hannon e dos seus Divine Comedy. Não há canção de que não goste e não me canso de os aconselhar a toda a gente.
Mas, o próprio Neil Hannon, como que ostracizou o primeiro albúm que fez sair com o seu grupo. Diz ele que não seriam canções exactamente como as queria fazer, seria uma introdução ao que viria a seguir. Por isso considera como primeiro trabalho dos Divine Comedy o albúm de 1993 Liberation.
Eu, pelo contrário, discordando do próprio autor, considero o Fanfare for the Comic Muse, como um excelente disco, uma brilhante iniciação, um príncipio enorme. Recomendo uma audição.
Não! Recomendo muitas audições!

"I hate unhappy endings,
and there doesn't have to be one!"

Leitura nº 5


Hoje é dia de estreia de mais um filme de Harry Potter, por isso hoje é um dia mágico.
Prefiro os livros aos filmes, como acontece quase sempre nestas situações, mas também gosto muito dos filmes, em suma sou um fã(zinho) da saga Potteriana.
Seduz-me a magia que J.K.Rowling consegue imprimir nos seus livros, o suspense que cria e a fantasia que deles emana. De resistente ao princípio, tornei-me num consumidor ávido de novidades mágicas como tantos outros milhões por este mundo fora.
Faz-nos falta, digo eu, poder contar com a magia, com o maravilhoso e o fantástico e depois também é bom saber que é possível vencer o mal, ir acabando com os Voldemorts que nos vão surgindo nas histórias e no mundo real também!

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Banda Sonora nº 7


Se houve época, na nossa contemporaneidade, onde a mudança de mentalidades foi mais evidente foi, sem dúvida, a década de 60. Os movimentos hippies e todos os que lhe foram associados contribuiram, de forma marcante, para que tal acontecesse. O mundo nunca mais foi o mesmo, a geração de 60 conseguiu, de facto, dar a volta ao marasmo que até então se ia vivendo. As mudanças hoje são mais céleres, tanto que se torna difícil apreender todas elas de forma imediata.
A nível da música e, ao mesmo tempo, da atitude da geração mais nova face ao mundo que a rodeava, houve uma marca que se tornou ícone dessa revolução cultural ocidental.
Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band trouxe consigo sinais de que a mudança era, não só, inevitável, como desejável.
O mundo passou a ser visto com os olhos de Lucy, com ou sem a ajuda dos seus caleidoscópios. Muitos jovens sairam de casa depois de nela se sentirem abandonados e a premonição dos 64 anos comprovou, nos nossos dias, ser verdadeira.
Tudo isto, claro, com a ajuda de alguns amigos.
Se mais não fosse os 4 de Liverpool deixaram-nos este legado, de que todos nós hoje nos aproveitamos, mesmo sem nos darmos conta. A mudança que nos trouxeram ainda hoje paira no nosso mundo, de forma agradável. Que sejam todas assim!
Good morning, good morning, good morning...

Fita nº 2


É fundamental saber (e sentir) que temos um cérebro, um coração e coragem. É também fundamental conhecermos o nosso caminho de casa.
É igualmente bom quando tomamos consciência que não necessitamos de nenhum feiticeiro para conseguirmos esses objectivos, mesmo quando o feiticeiro em causa tem a imensa reputação do feiticeiro de Oz.
É necessário descobrirmos o nosso caminho feito de tijolos amarelos e irmos "combatendo" e vencendo os obstáculos que nos vão surgindo e por isso também é importante termos amigos que nos ajudem, mas, no fundo, este caminho é muito próprio de cada um e é em cada um, e por cada um, que ele deve ser encontrado...
Somewhere over the rainbow...

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Banda Sonora nº 6


Se há criadores de canções verdadeiramente originais, Paddy McAllon é, indubitavelmente, um deles.
Juntamente com os "seus" Prefab Sprout, vem criando um conjunto de emoções, sentimentos, desejos, imagens em forma de músicas e palavras completamente soberbo.
Sem recorrer a grandes concertos, a apresentações públicas desmesuradas, os Prefab Sprout editaram um conjunto de 7 albúns onde não há uma faixa menos conseguida.
Com palavras ajustadas perfeitamente às melodias, estas criações deixam uma imagem de marca única, inconfundível.
Prefab Sprout soa exactamente a Prefab Sprout e soa muitíssimo bem!

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

TV nº1


Não é novidade nenhuma a excelência das séries produzidas pela BBC. Até hoje não vi uma única que não roçasse as raias da perfeição.
E quanto ao humor, embora por vezes muito desbragado, acredito sinceramente que é do melhor que existe. O conjunto de sitcoms inglesas que já tive oportunidade de ver só confirmaram esta minha convicção. Desde os memoráveis Monty Python até à Vigária de Dibbley, passando por tantas outras, os comediantes ingleses dão cartas na arte de fazer rir com inteligência.
Hoje apetece-me destacar uma série que fez história na televisão portuguesa, que já passou repetidas vezes e de cada uma foi vista com o agrado da primeira vez.
Que bom teria sido se a Gestapo tivesse muitos Herr Flicks, ou que todos os oficiais alemães fossem tão simpáticos como o tenenete Gruber, ou que todos os galãs do cinema tivessem a cara de René Artois...
Por todos os bons momentos que nos fizeram passar, só me apetece repetir muitas vezes, parafraseando Michelle da Resistência:
"Listen very carefully. I shall say this only once"

Banda Sonora nº5


Este senhor foi o meu primeiro (e talvez o único) ídolo musical. Esta idolatria começou ainda com os Genesis, prolongou-se e até aumentou com a sua carreira a solo. Hoje já não vejo como um ídolo, aliás já quase que não acredito em ídolos, mas continuo a acreditar que este senhor é um dos maiores contribuintes para a criação de boa música, de excelentes performances, de óptimos momentos.
Nunca cheguei a vê-lo "ao vivo", essa é a minha grande pecha no conjunto de espectáculos que já presenciei, mas ouço-o amiúde e "vejo-o" sempre que posso.
Admiro a sua capacidade de inovação, os seus saltos em frente, o arriscar novos sons, novas experiências, sendo ele, como frequentemente o apelidam, um dos dinossauros do rock.
Prefiro ver nele o eterno portador de boas novas, o Anjo Gabriel.
Don't give up Peter, keep Shock the Monkey...

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Leitura nº4


Já dei por mim a pensar se cem anos de solidão serão muitos ou poucos, se valerão a pena, ou não. Há quem os viva sem dar por isso, há quem os queira sem nunca os alcançar.
Em Macondo o coronel Aureliano Buendía ensinou-nos que, apesar de tudo, a solidão pode ser uma coisa bela, mesmo tendo a dimensão de um século.
Mais bela se tornou por nos ter sido trazida pelas mãos mágicas de um exímio contador de histórias.
Gabriel García Marquez, mestre máximo na sua arte de nos fazer sentir na pele o calor, a humidade, a terra, a fantástica realidade que emana das suas palavras.

Fundamentalismos em dias ridículos

Alguém resolveu marcar para hoje o Dia do Não Fumador.
Sabemos que o fundamental aqui é alertar para os perigos que o tabaco carrega consigo.
Sabemos que o fundamental aqui é explicar às pessoas que, se querem manter-se saudáveis, devem deixar de fumar.
Sabemos que o fundamental aqui é dar a opção de escolha informada.
Sabemos que o fundamental aqui não se faz com a instituição de dias dedicados a isto ou aquilo.
Sabemos que o fundamental aqui é actuarmos no concreto e não no politicamente correcto.
Porque assim ainda sobram 364 dias para o fumador!
Continuo a achar que dias como este são ridículos.
Vai um cigarrinho?

Fita nº1


Às vezes quando acabamos de ver um filme, ler um livro, ver um quadro, ouvir uma música, sentimo-nos acrescentados, maiores que a vida.
A emoção sentida contagia-nos os sentidos, atrevo-me a dizer que nos deixa felizes.
Já vi este filme muitas vezes e de cada uma volto a sentir o que senti da primeira vez, uma emoção incontida, a lágrima aflorada, derramada, vibrante e desejada. Continuo sem saber se esta fita é maior que a vida, mas que é muito bonita, doce, terna, lá isso é.
Este é, na verdade, o verdadeiro Paraíso do cinema.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Saber ler

Escrever é um acto solitário, necessário, voluntário.
Ler é partilha, descoberta e aventura.
Saber ler é fundamental para alimentar a memória, a consciência, a vida.
Ensinar a ler é, por isso, tarefa principal.
Mas ensinar a ler não é, apenas, ensinar a juntar as letras, é mostrar o caminho para o sonho, é dotar o mundo de muitas cores, é imortalizar a palavra.
Hoje Saramago completa 83 anos, também ele nos vem ensinando a ler.

Banda Sonora nº4


Efectivamente, gosto destas músicas, mesmo com pronúncia do norte.
Gosto de ouvi-las nas dunas, como qualquer sweet little sixteen.
Gosto das suas falhas humanas, das suas impressões digitais.
Gosto quando nos atiram água benta, quando declaram morte ao sol e a quem o apoiar.
Também gosto dos seus lótus azuis, da saliva que nos provocam ao saltar a barreira de fogo.
E, depois dos 16, já tive tempo de ler o Senhor dos Anéis.
Gosto destes tipos.
Efectivamente!

Leitura nº3


Álvaro Guerra foi um multifacetado homem de letras, teve, ao que parece, uma vida cheia.
Dos vários, excelentes, romances que escreveu, quero deixar aqui a memória prazenteira da chamada trilogia dos cafés. Café República, Café Central e Café 25 de Abril.
Neste "Folhetim do mundo vivido em Vila Velha", Álvaro Guerra traça um fresco memorável do século XX português e mundial, visto e vivido a partir dos olhos e das acções dos habitantes de Vila Velha (nome fictício da sua Vila Franca de Xira). Leitura imperdível, prazer garantido.
A História ganhou, e muito, com as suas histórias. Nós também!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Piratas

Na Terra do Nunca vivem meninos perdidos que lutam contra os piratas e que, quase sempre, levam a melhor.
No "nosso" mundo, pelo contrário, os piratas vão conseguindo cumprir os seus intentos.
Felizmente vão surgindo, aqui e ali, crocodilos nossos amigos que ainda apavoram os Capitães Gancho e que nos permitem continuar a sorrir...

Leitura nº2


Há uma frase feita que, como muitas delas, faz muito sentido em certas ocasiões. Estava a pensar concretamente naquela que diz que os livros nos fazem sonhar, nos transportam a lugares fantásticos, a situações assombrosas, nos dão a conhecer personagens incríveis. Foi isso (e muito mais) que me aconteceu quando me deram a conhecer este livro. É, sem dúvida, uma obra de culto, causadora de grandes paixões e desvarios, no seu sentido mais positivo, como é exemplo o grandioso filme de Peter Jackson e as centenas de estudos, monografias, atlas, dicionários, etc., escritos a partir da trilogia dos Anéis. Obrigado John Ronald Reuel Tolkien por alimentares os nossos sonhos e nos teres deixado a possibilidade de renovar, constantemente, o prazer pela leitura.

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Leitura nº1


Devia ter uns 7 anos quando o meu avô me ofereceu este livro. Foi no Verão, em Sesimbra. Nunca uma leitura de férias me soube tão bem, apesar de ainda mal saber ler. Depois disso o gosto por estes livros nunca mais parou de crescer, hoje mantêm-se inabalável.

Banda Sonora nº3


1987 - Pavilhão de Os Belenenses

"Enquanto esperava no fundo da rua,
pensava em ti e em que sorte era a tua,
Quero-te Tanto..."

sábado, 12 de novembro de 2005

Consciência(s)

A mãe(?) da Joana foi condenada a 20 anos e 4 meses de prisão. O tio (?) a 19 anos e 2 meses.
E agora... ficamos todos de consciência tranquila???

Banda Sonora nº 2


Em 1985 este disco, e sobretudo uma canção nele incluída, surgiu como um cometa e trouxe para a ribalta uma banda que há já algum tempo vinha fazendo as delicias de alguns conhecedores.

This is the Sea, The Whole of the Moon - The Waterboys

"(...)
Every precious dream and vision
underneath the stars
yes, you climbed on a ladder
with the wind in your sails
you came like a comet
blazing your trai
too high
too far
too soon
You saw the whole of the moon"

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Violência(s)


França, Maio de 68, os manifestantes escreviam nas paredes: "Plutôt la Vie".França, Novembro de 2005, será que Uderzo tem razão?...

Banda Sonora nº1


The Divine Comedy - Promenade

Tonight we fly :

Tonight we fly...
over the houses,
the streets and the trees
over the dogs down below
they'll bark as our shadows
as we float by on the breeze.

(...)

And when we die,
Oh, will we be
that disappointed or sad
if Heaven doesn't exist?
What will we have missed?
This life is the best
we've ever had.

Neil Hannon no seu melhor, pop clássico, palavras certas, sons melodiosos, a verdadeira divina comédia...

O Peter Pan que habita em nós

Há sempre, em cada um de nós, um Peter Pan que vai espreitando o mundo que nos rodeia com os seus olhos de fantasia e que nos permite adoçar os dias.Da Terra do Nunca, em um qualquer tempo, para o Portugal de 2005, da fantasia real para este real que tantas vezes parece (e é) fantasioso, vimos para transmitir ideias, olhares, fantasias também, assim nos ajude o Pan que, com a sua flauta mágica, nos vai dando as bandas sonoras que nos aquecem as horas.De livros e músicas, de letras e sons e também imagens, falaremos aqui, com cheiros e sabores que nos completem os sentidos.Como o próprio Pan cantava: "Pense numa coisa boa e num instante você voa..."Voemos então...