quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

O regresso dos clones


Inicia-se hoje em Santa Maria da Feira uma mini tourné do grupo de homenagem aos Genesis, The Musical Box, que se prolonga amanhã e depois em Lisboa. Desta vez os concertos incidirão sobre dois dos mais celebrados trabalhos dos Genesis na sua fase de maior criatividade, aquela em que contavam ainda com o génio de Gabriel, Foxtrot de 1972 e Selling England by the Pound de 1973.

Dizem que nestes espectáculos a fidelidade ao original é tão grande que, se cerrarmos os olhos, somos transportados aos tempos áureos da banda de Gabriel, Banks, Rutheford, Hackett e Collins. Mesmo acreditando que assim seja, apetecia-me ter estado naqueles dias 6 e 7 de Março de 1975 em Cascais, quando, os atrás citados, ofereceram aquele que, ainda hoje, é considerado como um dos melhores concertos a que Portugal teve oportunidade de assistir.

A LUZ DE HERGÉ


As gafes divertidas


Franquin foi um dos mais criativos autores da banda desenhada belga. Autor de Spirou, Fantásio e do Marsupilami, criou, há 50 anos, o mais calamitoso, desajeitado e surpreendente personagem de, provavelmente, toda a banda desenhada europeia, Gaston Lagaffe de seu nome.
Lagaffe protagoniza as mais incríveis situações de uma maneira muito peculiar e com motivações muito pessoais, que, mesmo só ele, consegue provocar. Ao ler Gaston é impossível não esboçar um sorriso de agrado e soltar, amiúde, uma sonora gargalhada.
Com 50 anos, este verdadeiro anti-herói, continua, certamente, a provocar a mais hilariante catástrofe, numa cadência absolutamente ímpar de disparates inesperados e, sobretudo, muito divertidos!

Sport Lisboa


Há 103 anos nascia o GLORIOSO!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Haja paciência


No J.N. de hoje:


«Daniel Radcliffe agitou alguns grupos antitabagistas ao aparecer a fumar em palco. O personagem de "Harry Potter" foi fotografado com um cigarro, durante a peça "Equus", pelo que foi acusado pelas organizações de abusar da sua posição de ídolo de crianças. "É lamentável que ele esteja a fumar, sejam quais forem as circunstâncias. Ele é um modelo para os jovens e, se ele decidir fumar na vida real, será preocupante", reivindicou uma representante de um dos grupos antitabagistas.»


Lá surgem os fundamentalistas, mais uma vez, a tentarem impor os seus pontos de vista a tudo o mexe à sua volta. Radcliffe é, creio, antes de mais, uma pessoa que tem, ou deve ter, direitos e deveres como todas as outras e as suas opções devem ser respeitadas como tal e não impostas por quem julga ter o direito de decidir o que é o melhor ou pior para a vida de cada um!
E depois voar numa vassoura ou atirar-se, voluntariamente e com toda a força, contra a parede de uma estação de comboios, serão bons exemplos?
Haja paciência...

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Evolução?


No Público de hoje:


«Chimpanzés vistos a caçar com lanças de madeira

(…) Sabemos que as ferramentas fazem parte dos vários modos de vida dos chimpanzés, desde que, na década de 60, a primatóloga americana Jane Goodall descobriu, na Tanzânia, que usavam nervuras das folhas para apanhar térmitas. Sabemos que transmitem esses conhecimentos às gerações [seguintes], por isso, tal como nós, são detentores de uma cultura material. Agora acabámos de descobrir que as armas de caça não são exclusivas da espécie humana. (…)»


Chegou o Planeta dos Macacos?

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Moulinsart


A casa do Capitão, do Professor e do Tintin. A "nossa" casa!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Quino viciante...


Como por aqui já se disse, o Quino é genial!!!

Tommy who?


Nos anos 60, uma das bandas consideradas como mais "rebelde", foram os The Who. John Entwistle, Keith Moon, Roger Daltrey e Pete Townshend, foram autores de um dos hinos da geração de 60, exactamente My Generation.
No final de cada concerto era certo que as guitarras seriam partidas, levando ao rubro as plateias "incendiadas" pela sua rebeldia.
Foram também um dos grupos inovadores nos chamados concept-albuns, estendendo este conceito às óperas-rock.

É deles a brilhante criação musical-operática em tons de rock, mais ou menos pesado, que deu pelo nome de Tommy e que, ao longo, das suas várias apresentações, quer em palco, quer em filme, contou com presenças como Elton John, Rod Stewart, Tina Turner ou Ringo Star.
E contou sobretudo com grandes canções como I'm Free; See Me Feel Me ou o espantoso Pinball Wizard, cantadas pelo próprio RogerDaltrey. A história é rocambolesca, roçando temas polémicos, tudo à volta de um jovem surdo, mudo e cego, campeão de flippers. Contudo, a audição de Tommy continua a ser, ainda hoje, obrigatória para quem gosta de bons momentos musicais.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O Carnaval madeirense

O senhor do post abaixo é, como todos sabemos, muito folião. Aliás, é costume seu mascarar-se no Carnaval e ir desfilar para a rua em trajos, MAIS ou menos ridículos.
Desta vez não desfilou pela rua, mas ofereceu-nos mais uma piada de alto calibre, demitiu-se!
É pena ter sido no Carnaval, se fosse noutra altura do ano até podia ser verdade!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Testículos???!!!!

No Público de hoje:

«O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou ontem à noite que os portugueses "não têm testículos" para dizer que o referendo à despenalização do aborto não é vinculativo.»

Os que os portugueses não têm é testículos para dar um valente apertão nos ditos deste senhor!!!!
Talvez se calasse de vez!!!!

Tintin no Carnaval


Agora, que estamos na sua época, relembremos que, também Tintin, "brincou" no Carnaval. Foi uma brincadeira um pouco diferente daquelas que são usuais nesta altura. O Carnaval foi, neste caso, aproveitado para ajudar um "amigo" a tomar o poder no seu país, San Theodoros. Alcazar, o amigo de Tintin, derruba aqui o seu adversário Tapioca, embora o grande realce desta história seja a denúncia dos golpes de estado em que só mudam os titulares do poder e se mantém tudo o resto na mesma.
Tintin e os Pícaros é o álbum do desencanto, da tomada de consciência de que não basta o voluntarismo e a boa vontade, é preciso mais que isso, é preciso acreditar e fazer por isso! É o álbum em que Tintin, apesar da sua aparência, já não é mais o jovem aventureiro, sente-se a sua maturidade e algum cansaço. É o álbum onde, sintomaticamente, as calças de golfe são substituídas por calças compridas. É a maioridade ao cair do pano.

E é também o único álbum onde Hergé homenageia outros heróis da banda desenhada.Na vinheta que aqui se reproduz, podemos ver Astérix (Uderzo e Goscinny) e Mickey(Disney).


É, sobretudo, um grande final...


"Bart Simpson Band" ?


Creio que todos conhecem Bart Simpson, aquele miúdo amarelo com o cabelo em pé, perito em fazer asneiras e rir-se delas. Membro de uma família, no mínimo, sui generis, em que pontificam os pais, sobretudo Homer, protótipo de pai de família que ninguém deseja (?), mas também as irmãs, a bébé e a outra que toca saxofone.

De saxofones também se faz a boa música de uma das melhores bandas que a América nos trouxe, a Dave Matthews Band. Com uma sonoridade muito própria, inigualável e com uma popularidade ímpar (e muito merecida) do outro lado do Atlântico, esta banda está quase a chegar ao nosso Atlântico.

Entretanto e porque ambos os "produtos" são de excelentíssima qualidade, fiquemos por aqui a "ouver" a "Bart Simpson Band".

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Humor em Portugal


Num inquérito feito aos leitores de um jornal diário gratuito, publicado hoje, perguntava-se se preferiam o humor de Herman José ou do Gato Fedorento. Não é que o Gato Fedorento ganhou por unanimidade! E depois de ver o primeiro episódio do novo programa de Herman, o Hora H, não é nada de admirar. Aliás o Herman há já algum tempo que entrou em derrapagem galopante. O Gato, por seu lado, está em ascensão plena, como ficou amplamente provado no sketch do Assim Não! É, talvez, caso para dizer: Ó Herman vai dar banho ao cão!!! Ou será ao gato?...

Museu Hergé


O, há muito prometido e sucessivamente adiado, Museu Hergé, está agora a preparar-se para arrancar. A primeira pedra irá ser lançada já em Maio deste ano, por altura do centenário de Hergé (22 de Maio) e a sua abertura está programada para o inicio do Verão de 2009. Ficará em Louvain-La Neuve, terá uma área de 5000 quadrados e o seu arquitecto é Christian de Portzamparc. Terá o aspecto que aqui se vê e esperamos, todos nós que gostamos de Tintin, que se revele como uma verdadeira homenagem viva a quem tanto nos fez (e faz) sonhar. À suivre...

Studios Hergé (3)


Se com Tchang Tintin ganhou consistência e com Leblanc ganhou consagração, foi com Jacobs, antigo barítono e excelente criador da série Blake e Mortimer, também ele um consagrado mestre da B.D. europeia, que ganhou maturidade, pormenor e conseguiu uma força suplementar para se guindar ao lugar mais alto da 9ª arte.

Eis aqui, frente a frente, os dois maiores expoentes da banda desenhada franco-belga!

Studios Hergé (2)


Nesta imagem podemos ver alguns dos colaboradores mais directos de Hergé. Aqueles a quem devemos, também, muito do encantamento que nos é dado pelo universo de Tintin.

Baudouin van der Branden; France Ferrari; Jacques Martin e Bob de Moor estão visíveis. E também lá estão Aléxis Remi, pai de Hergé ( no extremo direito da imagem) e Fanny Vlamyinck, que mais tarde se tornou na sua segunda mulher e é actualmente presidente da Fundação Hergé (ao lado de Aléxis).

Cornélia, a vaca!


Em 1977, ainda no tempo do preto e branco e dos dois canais RTP, a televisão em Portugal teve dois "saltos" importantes. Um foi a introdução das telenovelas brasileiras (que ainda continuam noutro canal) e o outro foi o concurso A Visita da Cornélia. Embora os concursos continuem a passar no pequeno écran, nunca nenhum foi tão apreciado como aquele. Aliava perguntas sobre temas especifícos, com as provas de criatividade que, de facto, lhe davam uma característica ímpar, tornando-o um misto de revelação de conhecimentos, com capacidade em criar e executar provas de dança, teatro e canção. Raúl Solnado, que passava parte do programa a falar com uma vaca, a famosa Cornélia, era coadjuvado por um grupo de jurados que aumentavam a qualidade do concurso. Raúl Calado, Maria João Seixas, Luís Sttau Monteiro, Maria Leonor e Paulo Renato diziam de sua justiça às provas que iam sendo prestadas. E foram-no por gente tão conhecida como Fernando Assis Pacheco, Pitum Keil do Amaral, Gonçalo Lucena, Tó Zé Martinho, Rui (Topo Gigio) Guedes ou José Fanha. Nesse ano uma morena baiana (Gabriela) e uma vaca falante (Cornélia) faziam, literalmente, parar o país!

Chamem a(s) policia(s)

No J.N. de hoje:

«A intervenção da PSP ou da GNR numa eventual ocorrência na Rua Timor, em Chaves, depende do lado da via de onde for pedido o socorro. Se estiver do lado direito, deverá telefonar para a PSP, se estiver do esquerdo deverá accionar a GNR.(...)»

E se a ocorrência for no meio da rua?!...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Studios Hergé


Era aqui que começavam as Aventuras...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Gabriel 57


Pode ser:
«(...)Downside up, upside down
Take my weight off the ground
Falling deep in the sky
Slipping in the unknown(...)»

ou:
«(...)In your eyes
Isee the light and the heat
In your eyes
Oh, I want to be that complete
I want to touch the light
The heat I see in your eyes(...)»
ou:
«(...)My heart going boom boom boom
"Son," he said "Grab your things,
I've come to take you home."(...)»

ou então:
«Happy Birthday to you, happy birthday to you,
Happy birthday dear Peter, happy birthday to you»

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

N'América



«(...)Está mesmo ali ao lado, e eu vou ter que sair, e eu vou ter que partir, finalmente vais ver, o que é que iria ser, o que é que eu iria ter. N'América N'América»

Também eu queria estar n'América...

Cid


Agora que o seu nome parece ter vindo de novo à ribalta, talvez trazido por alguns saudosistas das baladas que, também, lhe fizeram a história; José Cid deve ser lembrado, igualmente, por um álbum de 1978, que foi considerado (e ainda é) como um dos melhores discos de todo o mundo (leram bem MUNDO), dentro do seu género musical. Refiro-me a 10 000 Anos depois entre Vénus e Marte, a que a insuspeita revista Billboard teceu fortes elogios e que fez com este trabalho de Cid seja o mais procurado entre os amantes do rock progressivo de todo o planeta, Terra neste caso.

Não deixa de ser curioso, no mínimo, que este "mal amado" da canção nacional tenha esta faceta, mais ou menos escondida, de ícone dum estilo de música que, aparentemente ( e só aparentemente) também já caiu em desuso. E parece que ele tem planos para um novo disco dentro desta corrente. A ouvir iremos. Se calhar...

Agora SIM!


Agora vejam lá, não abortem a lei!!!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Claro que SIM! # 3

No D.N. de hoje:

«"A mim só me comove que, nesta discussão sobre o referendo e por arrastamento maldoso, tragam para a questão o aborto. Ora, pensando com serenidade, o que vamos votar é a despenalização da mulher e mais nada. E vou votar 'sim', porque todos temos obrigação de imitar Jesus, perdoando e usando de misericórdia pela mulher que teve de abortar."Uma afirmação que pertence a um padre que se prepara para votar "sim" no próximo domingo (…)cita a doutrina católica para sustentar o voto. "Provem-me que o evangelho está enganado, o evangelho manda perdoar, e por isso devemos votar 'sim' pela despenalização, a geração de um filho tem de ter o desejo dos pais, só com espermatozóide e óvulo não é filho", afirma Costa Pinto, que não conhece "nenhum teólogo que possa apresentar provas de que o aborto é um homicídio.»

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Claro que SIM! # 2

Mais duas opiniões de pessoas com fortes ligações à Igreja Católica, Frei Bento Domingues e Ana Vicente do Movimento Nós Somos Igreja:

«Creio que é compatível o voto na despenalização e o ser - por pensamentos, palavras e obra - pela cultura da vida em todas as circunstâncias e contra o aborto. O "SIM" à despenalização da interrupção voluntária da gravidez, dentro das dez semanas, é contra o sofrimento das mulheres redobrado com a sua criminalização. Não pode ser confundido com a apologia da cultura da morte, embora haja sempre doidos e doidas para tudo.»

Frei Bento Domingues

«(…)Convenhamos ainda que, sendo essa instituição dirigida exclusivamente por homens celibatários, que consideram que as mulheres não têm dignidade suficiente para aceder aos ministérios ordenados, há qualquer coisa de profundamente inquietante nesta atitude. Não perceberão que um grupo de homens que, no seu pleno direito, rejeitou constituir família, não possui autoridade efectiva para se pronunciar sobre os comportamentos reprodutores das mulheres?(…)»

Ana Vicente

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Ally McBeal


Eis uma série fora de... série!

Esta é, creio que sem dúvida, uma das melhores séries que nos chegou do outro lado do Atlântico. Gosto de outras, é certo, mas esta é, talvez, a única que me faz sorrir da mesma forma que as comédias da BBC, por exemplo.
Foi apelidada de "dramady" e é isso que é. Com uma aparência séria, dada pela firma de advogados e pelas salas de audiência, consegue transformar-se, dando-nos alternativa sorridente aos dramas normalmente ocorridos em tribunal. E depois as doses industriais de non sense que nos oferece, fazem com que fiquemos presos ao écran de forma agradável.
Outra faceta inovadora é a manipulação de imagens que nos é mostrada de forma brilhante, conferindo à série uma aura de fantasia fora do comum. Bem como a presença de convidados que se auto representam, como aconteceu nos últimos episódios com Sting.

E, no fim, há sempre uma canção animada que nos faz sentir vontade de cantar também...

"Desenha-me uma ovelha..."


O Principezinho já ultrapassou os 60 anos, mas continua, espero, pequenino e a viver no seu asteróide B612. A ovelha e a rosa, provavelmente, continuam perto dele. Cativou-as!
Tal como nos cativou a nós, aqueles que tivemos o privilégio e o prazer de o conhecer. A nós que, apesar de já sermos "pessoas crescidas", tentamos manter alguma da luz e do brilho da criança que fomos e que queremos continuar a ser.

Saint-Exupéry conseguiu este feito, único, de escrever um pequeno livro, sobre um pequeno príncipe, que se tornou no livro francês mais vendido em todo o mundo.
Talvez até haja a possibilidade de, todos aqueles que já o leram, ainda se recordem dele e o consigam pôr em prática, aqui ou ali. Creio que o nosso "pequeno" planeta ganharia imenso com isso!

«(...)- Adeus - disse a raposa. - Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."(...)»

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

21 de Julho


O mundo da magia anda já agitado.
No dia 21 de Julho iremos, finalmente, descobrir qual o destino de Harry Potter, Voldemort, Hermione, Dumbledore, Snape, Ron e todos os outros.
J.K.Rowling marcou para esse dia o lançamento do novo e derradeiro episódio da saga Potteriana.
Às 00h001m de sábado, 21 de Julho, Deathly Hallows verá a luz do dia (ou da noite, neste caso) em todos os países de língua inglesa.
Após a campanha que tem vindo a ser feita a propósito deste último episódio, em que já está "prometida" a morte de alguém importante (há quem afiance ser o próprio Harry), cremos que, nos próximos meses, muito se lerá, aumentando a expectativa e fazendo com que o número, impressionante, de 325 milhões de livros já vendidos em todo o mundo ( todos os volumes anteriores incluídos) seja, facilmente, batido a partir de Julho deste ano.
Que a magia se cumpra...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Claro que SIM!

Só duas opiniões, com claras e óbvias razões:

«Sempre me surpreendeu também que os defensores do "não" venham dizendo que o aborto não deve ser despenalizado, visto que ninguém é punido realmente, apesar de a lei o determinar. As leis devem ser cumpridas. Se as condições sociológicas para a sua aplicação não existem de forma consistente e contínua, devem ser alteradas.»
José Miguel Júdice

«O que somos chamados a decidir é se pessoas que tomaram uma decisão de foro íntimo, na esmagadora maioria dos casos dilacerante, têm ou não o direito de enfrentar um período difícil com ajuda profissional e sem a palavra crime e suas consequências à espreita. A escolha com que nos deparamos é esta e só esta.»
Júlio Machado Vaz

Ler com olhos de Ver!


Há poucos dias, ao ler um jornal diário gratuito, deparei-me com um inquérito sobre a leitura de bandas desenhadas. Todos os inquiridos diziam que gostavam, mas que agora não tinham tempo, ou vontade, para leituras destinadas às crianças; note-se que as idades não ultrapassavam os 25 anos.
É um erro comum este, mas não deixa de ser um erro grosseiro, muito grosseiro!
A 9ª Arte há já muito tempo que está consagrada como tal e é um tipo de literatura tão válido e "competente" como qualquer outro, mesmo aquele destinado, primordialmente, às crianças.
Se bem que haja séries dedicadas à juventude e à infância, há já algumas dezenas de anos que a B.D. conquistou a idade adulta.
Obras de autores como Bilal, Boucq, Bourgeon, Manara, Loisel, Davodeau, Moebius, Prado, Pratt, Schuitten, Cabanes, Quino, Torres, só para citar alguns, poucos, provam isso mesmo.
E até aqueles que tocam todas as gerações, dos 7 aos 77, como os clássicos, verdadeiras obras primas, de Hergé, De Moor, Goscinny, Uderzo, Meziéres, Jacobs, Franquin, Morris, Martin, entre tantos outros, podem e devem ser lidos pelos olhos do adulto, tal como pelos dos mais jovens.
Aliás, o prazer da leitura e da visualização e interpretação do desenho e do argumento são das características mais brilhantes da banda desenhada, ao alcance de todos.
E falo sobretudo da banda desenhada europeia, com preponderância para a chamada escola franco-belga, porque e deixem-me ser "elitista" ou "redutor", os comics e os mangas, só serão banda desenhada na sua forma, porque de resto, a tradição é outra e as histórias e o encantamento estão longe, pelo menos para mim, da verdadeira essência da banda desenhada.
Façam-vos o favor de pegar num álbum de um dos autores que citei atrás, ou de outro, fechem os olhos e os ouvidos ao resto do mundo, mergulhem na cor, no desenho, no enredo e voem nas únicas e maravilhosas asas que só a literatura desenhada vos conseguirá dar.
Experimentem... e Verão!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O Domador das Ondas


François Boucq é um dos mais extraordinários autores da banda desenhada francófona contemporânea.
Dono de um traço perturbante, cheio e duro, dá-nos, no entanto, histórias impregnadas dum humanismo, por vezes, transcendente, raiando o fantástico.
Da sua colaboração com Jerôme Charyn resultaram duas obras maiores, A Mulher do Mágico e, sobretudo, o ambiente gelado mas, ao mesmo tempo, comovente de Boca do Diabo.
Surpreendente é também a sua séria dedicada a Jerôme Moucherot, que nas suas próprias palavras se identifica como «(...) um incansável defensor do quotidiano, um humilde artesão que trabalha para que o quotidiano se assemelhe ao dia-a-dia» e que, no seu fato de vendedor de seguros, com motivos de tigre e caneta presa no nariz, vive as aventuras mais incríveis, demonstrando que, afinal, o quotidiano é tudo menos monótono.
Mas a sua obra maior foi feita em parceria com o genial argumentista argentino Alessandro Jodorowsky e tem como protagonista o ser mais estranho e cativante de, talvez, toda a banda desenhada europeia recente. Face de Lua, o Domador das Ondas.
Este personagem, sem voz mas extremamente expressivo, cujo corpo se autoregenera e que está acima dos mortais, ultrapassa todas as raias da nossa mais delirante imaginação e, na trilogia que lhe é dedicada, A Catedral Invisível; A Pedra Angular e O Ovo da Alma, consegue cativar-nos, a nós e aos desalinhados dum estado chamado Damanuestra que vivem subjugados à ditadura, dura, de um casal ignóbil, o Kondukator e a Kondukatriz, face visível dum poder corrupto e cruel que vigora na República Democrática Ovariana e que, na verdade, está nas mãos de um clero ainda mais cruel e insensível, cujo maior medo se traduz na enorme onda que um dia afundará, de uma vez por todas, a terra inteira.
Face de Lua surgirá, aparentemente do nada e a sua missão é salvar aqueles que merecem e podem ser salvos.
Assim começa esta história:

«Ai de quem constrói uma cidade no meio do sangue e funda uma pátria baseada na injustiça, porque a violência afunda-lo-á...
Não é nem pelo poder nem pela força mas pelo espírito...»

Esta é da melhor literatura fantástica que se pode VER!